Neste ano, o Carnaval terá uma novidade em termos de prevenção à AIDS. Uma campanha lançada pelo Ministério da Saúde (MS) garantirá um novo tipo de exame para a doença: o teste oral.

Segundo o MS, o procedimento dispensa o corte para a coleta de sangue. O diagnóstico é feito em 30 minutos, por meio da saliva, coletada por um cotonete. O diagnóstico por fluido oral – que estava sendo testado desde fevereiro do ano passado por 60 organizações não governamentais (ONGs) em todo o país – passa a ser oferecido também na rede pública de saúde, a partir de agora.

Dados do Ministério da Saúde, apontam que, em torno de 718 mil pessoas vivem com HIV e Aids no Brasil. Destes, 150 mil não sabem que têm o vírus.  O aumento de casos entre jovens preocupa as autoridades sanitárias. Em 2004, foram notificados 9,6 casos por 100 mil habitantes no país entre o grupo de pessoas com idade entre 15 e 24 anos. Em 2014, a proporção chegou a 12,7, o que corresponde a um aumento de 32,3%, em dez anos.

No ano passado, apesar da redução do número de testes rápidos durante o Carnaval, houve um aumento de 50% de casos de pessoas infectadas, em relação ao ano de 2013.

Enquanto em 2013 – 5,2 mil pessoas fizeram o teste e 16 foram diagnosticadas com o vírus HIV, em 2014, 4,2 mil fizeram o exame e 24 estavam infectadas com o vírus. Outras 68 pessoas foram diagnosticadas, em 2014, com sífilis, cinco com hepatite B e oito com hepatite C.

Também é importante que o uso do preservativo não fique fora deste contexto, o que o MS recomenda, e alerta no sentido de se evitar ainda, o contágio por outras Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST).

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