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Era uma vez um país rico em petróleo, de uma beleza vivaz, com praias, matas e rios caudalosos. Neste pequenino país de braços abertos para o Atlântico vivia um povo bom e acolhedor que infelizmente caiu nos ardis de um dominador sanguinário. Desde 1979 o excêntrico tirano, que mandou matar o próprio tio após um golpe de estado, tem aplicado muito bem as riquezas de seu país para o próprio enriquecimento. O autocrata se destaca entre os 8 governantes mais ricos do planeta. Já a população… Apenas 44% do povo tem acesso à água potável e a desnutrição atinge 39% das crianças com menos de 5 anos.
Eis que numa noite de verão, do outro lado do Atlântico era carnaval. Os tamborins e as cuícas agitavam a bela avenida cujas arquibancadas tremiam na folgança. Fogos de artifício iluminavam o céu de um calorento e caloroso Rio de Janeiro. Belos corpos transpirados sacolejavam na avenida, numa profusão de peitos e bundas que decoravam os colossais carros alegóricos.
Ao lado de Teodoro Júnior, o primogênito, e de um séquito de 40 pessoas, além dos habitais imbecis bajuladores e das boazudas de costume, o tal soberano, Teodoro Obiang, balançou com a entrada de uma tal Beija-flor e seu enredo que cantava as maravilhas de seu país, a Guiné Equatorial, uma nação espoliada.
Nesta mesma noite mágica o séquito de Obiang achou por bem ir comer e beber uma coisinha num simpático restaurante da zona sul do Rio de Janeiro pela modesta quantia de 79.000 reais e em seguida foram tirar uma soneca em sete suítes da cobertura do Copacabana Palace.
Quando o carnaval passou a avenida ficou tristonha e vazia. Na quarta-feira de cinzas, os gritos de campeã do carnaval 2015. Fran-Sérgio, o carnavalesco vencedor declarou, entre lépido e gabola, que o povo da Guiné Equatorial amava o seu justíssimo soberano e que o esteio em moedas de ouro ofertado à Beija-flor não era oriundo das mãos do excêntrico autocrata, mas de construtoras brasileiras responsáveis por obras nababescas na Guiné Equatorial. Seriam elas: Queiroz Galvão, Odebrecht, o grupo ARG.
O namoro entre o Brasil e a Guiné de Teodoro Obiang havia começado a pelo menos 4 carnavais. Em 2011 o diretor de relações institucionais da Odebrecht, Alexandrino Alencar, integrou a comitiva de uma viagem do governo brasileiro à Guiné Equatorial. E o representante oficial da delegação brasileira, designado pela presidenta Dilma Rousseff, foi um personagem bastante conhecido dos brasileiros, o ilustre caudilho de Garanhuns: o ex. imperador Dom Lula da Silva. Outra vez em 2013, nova viagem às terras de Guiné Equatorial. O caudilho foi mais uma vez representante oficial da delegação brasileira e um mesmo personagem misterioso integrou a comitiva, o valete Alexandrino Alencar, cujo nome, desta vez, não constava na lista oficial enviada ao Itamaraty. Tanto a Odebrecht quanto a Queiroz Galvão estariam sendo investigadas pela Operação lava-jato, mais conhecida pelo nome garboso de Petrolão. Interessante…
O que se sabe por meio de cartas e de representações simbólicas de espiões golpistas das elites brancas é que o dadivoso governo do Partido dos Trabalhadores já tricotava, desde os tempos do caudilho, relações amistosas com governos de ditadores cleptocratas cuja população vive na pobreza extrema: Congo-Brazaville, Sudão, Gabão e Guiné Equatorial. Países que enfrentam processos em tribunais na Europa e nos Estados Unidos por roubo e desvio de dinheiro público, enriquecimento ilícito, corrupção, lavagem de dinheiro e genocídio.
Seguindo a senda do companheiro Dom Lula da Silva a imperatriz Dilma Rousseff já havia anistiado a dívida da Guiné Equatorial em 2013 e dos outros países nada democráticos outrora citados. A Guiné de Obiang havia comprado 1,9 bilhão em produtos e serviços no mercado nacional nas últimas três décadas e não pagou nenhum centavo aos cofres de terra brasilis.
Essa ajuda teve como único efeito o benefício político e diplomático dessas ditadoras para a governança da imperatriz Dilma? De modo algum! A anistia foi tão somente um ato de pura bondade do magnânimo governo do Partido dos Trabalhadores para o carente povo africano, diriam alguns aguerridos partidários do socialismo, aquele interessante sistema de governo que obriga todos a serem iguais, com exceção da própria elite do estado e das empresas que caíram em sua graça, evidentemente.
Considerando que em 2009 o infante Teodoro Júnior numa noitada em Paris, em leilão das extraordinárias coleções de arte de Yves Saint Laurent e Pierre Bergé, gastou o dobro da dívida do que a imperatriz Dilma perdoou e que as empreiteiras brasileiras Odebrecht, Queiroz Galvão e grupo ARG seriam responsáveis por obras bilionárias nestes países, não deve ser tão complexo assim encontrar uma resposta acertada.

Sem mais delongas.

Mata Hari Tupiniquins (espiã encartada, trabalha para a elite branca, preta, azul e amarela, mora em terras do Cachambi, zona norte do Rio de Janeiro, trabalha muito, anda a pé ou de metrô lotadão, não aguenta mais essa pouca vergonha institucionalizada)