Já é um fato conhecido mundialmente que os brasileiros têm fama de ser o povo mais simpático, e por saberem se divertir. Grande parte desta popularidade vem do famoso carnaval, festa celebrada anualmente e atrativa para vários turistas. Mas seria somente o Brasil o detentor de tamanha celebração e fama?

Semelhança espetacular!

A cidade de Tenerife responde pela Espanha! Sendo considerado o segundo carnaval mais popular e reconhecido internacionalmente, o Carnaval de Tenerife foi até declarado um Festival Turístico pela Secretaria de Turismo da Espanha. A cidade também é considerada “irmã” do Rio de Janeiro, por celebrarem esta festa de modo bastante similar e em épocas parecidas – com fantasias, carros alegóricos, além do fato de ambas acontecerem geralmente em fevereiro.

Com duas etapas, o carnaval se inicia com uma grande apresentação de diversos grupos musicais, sempre em uma sexta feira, e continua pelas ruas nos outros dias, com o mesmo ânimo e energia da festa que é tão querida aos brasileiros. Pessoas fantasiadas, bebidas e muita dança embala dias e noites, com diversos foliões pela cidade. De tão importante para a tradição espanhola, nos anos 80 o festival chegou a entrar para o livro dos recordes como a maior concentração de pessoas em uma praça a céu aberto para um evento, durante um show de Celia Cruz na abertura das festividades. Cerca de 250 mil pessoas!

As festanças terminam na Miércoles de Ceniza, ou literalmente quarta-feira de cinzas, quando é celebrado o Entierro de la Sardina e marca o fim do carnaval (ainda que no final de semana seguinte outra festa apareça, sendo o fim de semana das pinhatas). Sendo um país altamente cristão, o fim das festividades marca o início da quaresma, período de moderação que vai até a páscoa. Familiar, não?

A diferença está nas origens

Apesar de tão semelhantes em suas dinâmicas, as origens das festas são muito diferentes. Na Espanha, seu aparecimento data de 1600 – ou até mesmo antes, segundo alguns historiadores – e teve sua origem com Gaspar Luis Hidalgo e seu hábito de brincar com a troca de sexos em suas vestimentas. Mais tarde, em 1783, uma regra proibindo o uso de mascaras nos limites do reino espanhol foi o estopim para uma certa “rebelião”, que tomou forma através de uma grande festa, em que pessoas de classes altas e baixas se misturaram nas ruas com roupas extravagantes e máscaras, contrariando as regras. Já no Brasil, muito provavelmente a colonização, somada à mistura de diversas culturas formou o carnaval como conhecemos, graças à influência de nossos irmãos de festa europeus.