Roupas de tamanho grande sempre houve. O problema era que quase sempre o modelo oferecido não era elegante ou deixava a mulher maior do que realmente era. Mas isto começar a mudar. Talvez porque haja mais pessoas acima do peso ou porque a crise obrigou ao setor de confeção a buscar novos nichos de negócio. O certo é que chamada moda “curvy” – para mulheres que usam de tamanho acima de 42 ou 44 é um dos segmentos que mais cresce na indústria da moda.

A criação destas marcas Plus-size gerou polêmica porque muitas mulheres veem como discriminatório ter que usar tamanhos especiais. A impossibilidade de achar vestimentas além dos tamanhos 40 ou 42 em muitas cadeias de roupas deixa irritadas milhões de consumidoras que acreditam que bastaria aumentar o tamanho de uma mesma peça de roupa.

candice huffine

Candice Huffine desfilando. Foto: Hola.com

 

Entetanto, na indústria moda, explicam que isso é impossível, pois o desenho e a patronagem das prendas são diferentes dos convencionais, como explica a marca de roupas Mando. A questão não se em resumiria em simplesmente fazer as roupas mais largas, posto que as mulheres XXL tem compleição diferente e obrigam a desenhar uma roupa onde se sentirão bem. Nos tamanhos grandes o acabamento deve ser mais minucioso e as costuras, reforçadas. Isto também vale para as cores e tecido.

Ainda que algumas empresas do grupo Inditex resistem a fazer uma marca específica porque exigem mais investimentos, o movimento vai ganhando visibilidade, como atestam as semanas de moda organizadas para este público. Até mesmo a Pirelli utilizou no seu cobiçado calendário anual uma modelo plus size, a americana Candice Huffine. E, as brasileiras, até nisso lideram, com a belíssima Fluvia Lacerda há vários anos arrasando nas passarelas.

Informações: El País