A organização Women in Leadership in Latin America (Will) fez ontem (7) seu primeiro debate sobre equidade de gênero do ano, e convidou homens para o debate sobre a presença das mulheres em cargos de liderança  nas empresas. Segundo a presidente da organização, Silvia Fazio, o debate pretende mostrar que empresas com liderança equilibrada entre mulheres e homens são mais produtivas.

A ministra de Políticas para a Mulher, Eleonora Menicucci, abre debate organizado pela Women in Leadership in Latin America, sobre liderança feminina na carreira das mulheres da América Latina (José Cruz/Agência Brasil)

Ministra-chefe da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci fala sobre a presença da mulher nas empresas José Cruz/Agência Brasi

Convidando os Homens para o Debate: a Presença Feminina Gera Lucros foi o título do seminário, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) de Brasília. A ministra-chefe da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci, na abertura do evento convidou todos os homens a lutarem pela igualdade de gênero e a se negarem a regredir nas conquistas feministas.

“À questão do patriarcado se misturam os valores culturais, os valores éticos que desqualificam a ética da competência, a ética da capacidade, da sabedoria, da qualificação profissional. Nós mulheres somos mais qualificadas que os homens na educação formal e não ganhamos igual a eles. Não ocupamos os mesmos espaços nem no Poder Público e nem tampouco no mundo do trabalho”, frisou ela.

Eleonora ainda ressaltou que a mulher também sofre preconceito com os valores culturais da estética, que as obrigam a seguir um padrão. ”Nós temos que ter direito de sermos como quisermos ou como o nosso corpo pede”, defendeu a ministra.

Segundo a Will, apenas 6% dos postos em conselhos de administração das empresas brasileiras são ocupados por mulheres. Além disso, elas ainda ganham 28% menos que os homens.

“É importante um debate como esse para informar à mulher dessa situação, e também para informar o homem”, disse Sílvia. Para ela, questões culturais estão entre os principais motivos para esta disparidade. “São fatores históricos, culturais, a mulher se boicota em alguns casos, acaba se conformando com a situação de não promoção, de não aumento de salário. São fatores culturais fortes. A gente não pode entrar nas casas das pessoas para tentar mudar a educação, mas podemos entrar nas faculdades, fazer eventos como esse, entre outros projetos”, avaliou a executiva.

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Com informações da Agência Brasil

Por:Aline Leal – Agência Brasil

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( Texto retirado na íntegra )