Em 11 meses de funcionamento, a Casa da Mulher Brasileira de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, atendeu 9.999 mulheres em situação de violência. O balanço foi apresentado nesta quarta-feira (13/01), durante reunião do Conselho Gestor da Casa.

A coordenadora da Casa da Mulher Brasileira de Campo Grande, Eloísa Castro Berro, disse que o número de atendimentos representa que havia uma demanda reprimida de mulheres que não buscavam ajuda. “No início, a maior parte das denúncias era de agressão física. Hoje, ameaça e injúria ocupam as primeiras colocações, porque elas denunciam no momento da ameaça. A mulher está mais consciente dos seus direitos”.

A delegada titular da Deam, Roseli Molina, informou que foram registrados mais de 7.990 boletins de ocorrência em 2015, frente aos 5.640 de 2014, representando um aumento significativo na procura do atendimento. “Muitas mulheres têm denunciado mais por menos, ou seja, não esperam mais 20 anos de agressões para dizerem que estão sendo violentadas. Isso é resultado de um trabalho árduo e conjunto que vem sendo desenvolvido”, destacou. Desde agosto de 2015 a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher de Campo Grande (Deam) atende exclusivamente na sede da Casa da Mulher Brasileira.

 Atendimentos – Foram 57.411 atendimentos e encaminhamentos, num total de 9.999 mulheres atendidas. Em 11 meses, foram 875 prisões, 2.234 concessões de medidas protetivas, 7.999 boletins de ocorrência registrados e 5.901 atendimentos psicossociais realizados. A brinquedoteca recebeu 1.587 crianças durante o atendimento de suas mães. A Defensoria Pública prestou 1.976 assistências jurídicas e o alojamento abrigou 302 pessoas, 201 mulheres e 101 crianças.

A Casa é uma ação do programa Mulher, Viver sem Violência, da Secretária de Políticas para as Mulheres (SPM) do Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos (SPM), com gestão compartilhada com o governo estadual e prefeitura.

De acordo com Eloísa Castro Berro, o atendimento humanizado e a presença de serviços integrados como Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam), Defensoria Pública, Promotoria de Justiça, atendimento psicossocial, orientação para autonomia econômica, alojamento e brinquedoteca facilitam o acolhimento de mulheres em situação de violência. “As distâncias entre um serviço e outro dificultavam o processo. Hoje, tudo o que a mulher precisa para a sua proteção ela encontra na Casa da Mulher Brasileira.”

Participaram da reunião representantes da Polícia Militar, Poder Judiciário, Guarda Civil Municipal, Polícia Civil e a secretaria Municipal de Políticas para Mulheres, Leyde Pedroso, e a subsecretária de Políticas Públicas para Mulheres, Luciana Azambuja Roca.

Serviço:

A Casa da Mulher Brasileira está localizada na Rua Brasília, 177 – Jardim Imá, em frente ao Aeroporto Internacional de Campo Grande. Telefone: (67) 3304-7559 ou Disque 180.

Com informações da Assessoria de Comunicação da Vice-Governadoria e Sedhast