Com a saída do ministro Pepe Vargas da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência (SRI), e a transferência das atribuições da pasta à Vice-Presidência da República, a presidenta Dilma Rousseff passa a ter 38 ministros à sua disposição, um a menos. A mudança foi anunciada nesta noite pelo Palácio do Planalto, depois de um encontro de Dilma com presidentes e líderes de partidos da base aliada no Congresso.

Após ficar sabendo nessa segunda-feira (6), por meio da imprensa, das movimentações da presidenta para a substituição do comando da SRI, Pepe Vargas se reuniu com ela no início desta tarde, após uma cerimônia no Planalto. Dilma explicou ao então ministro a necessidade de fazer a troca, colocando um correligionário do PMDB no lugar do PT, partido da presidenta e de Pepe.

Até aquele momento, não havia uma demissão propriamente dita. Pepe, no entanto, já estava disposto a entregar o cargo. Ontem, o vice-presidente classificou de “cogitações” as conversas que vinham sendo feitas para que o ministro da Secretaria de Aviação Civil, Eliseu Padilha,assumisse o comando da articulação política. Temer disse também que o ex-presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, também do PMDB, “certamente ocupará um ministério”.

De acordo com o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, que concedeu entrevista a jornalistas após o encontro, não há outra decisão tomada no momento sobre mudança ministerial. “Há outros temas que serão, que continuam sendo discutidos e que poderão, em um futuro próximo, serem anunciados. O único anúncio que temos por hoje é esse”, declarou, perguntado se o nome de Henrique Alves havia sido citado na reunião.

Indagado se Pepe Vargas vai retornar ao seu mandato como deputado federal, o ministro disse não saber se ele pode assumir outro cargo. “Se a presidenta tiver outro anúncio a fazer, ela o fará. O deputado Pepe é um quadro muito experiente, que tanto pode servir ao governo em outra pasta quanto voltar e ter um mandato destacado na Câmara dos Deputados”.

Mercadante disse que estava no encontro do agora ex-ministro com a presidenta e afirmou que Pepe disse estar “pronto para o que for preciso”. Para o chefe da Casa Civil, o compromisso do deputado com o governo é “tão forte quanto as funções que ele já desempenhou no passado”.

“Pepe é um companheiro, um militante histórico, pessoa com larga experiência política e sabe de toda competência dele, seriedade e ética. Não é o que estamos discutindo. Estamos discutindo qual é a melhor solução neste momento para que o governo aprimore a interlocução com outros poderes, especialmente com o Legislativo, e que construa um perfil nessa articulação, que consiga agregar, unificar, fortalecer a base aliada”, disse.

Esta é a quarta troca ministerial promovida por Dilma no seu segundo mandato de governo, que começou no dia 1º de janeiro. Os ministros Mangabeira Unger, Edinho Silva e Renato Janine assumiram as pastas de Assuntos Estratégicos, Comunicação Social e Educação nos lugares de Marcelo Neri, Thomas Traumann e Cid Gomes, respectivamente.

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Com informações da Agência Brasil

Por: Paulo Victor Chagas – Agência Brasil

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( Texto retirado na íntegra )