O corpo de Aldo Lotufo, um dos mais importantes bailarinos da história da dança no Brasil, foi velado no foyer do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, onde durante três décadas ele atuou como primeiro nome do balé. Lotufo morreu nesta quarta-feira (17), aos 89 anos, após ficar internado, por cerca de um mês, na Casa de Portugal, no Rio Comprido, zona norte do Rio, em consequência de uma pneumonia. Logo à tarde, o corpo seguiu para Cuiabá (MT), cidade natal do bailarino e onde ele será sepultado hoje (19).

Filho de um imigrante italiano, Aldo Lotufo teve seu interesse despertado para a dança aos 12 anos ao assistir a um espetáculo em Cuiabá, no qual uma de suas irmãs dançava um minueto. Aos 19 anos, já vivendo no Rio de Janeiro, onde estudava arquitetura, começou a frequentar o Theatro Municipal. Sem abandonar a faculdade, pela qual se formou em 1949, iniciou sua formação de bailarino no Ballet da Juventude e, em 1950, ingressou no Corpo de Baile do Municipal.

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Ele dançou com quatro diferentes gerações de primeiras bailarinas do teatro e foi o bailarino que mais viveu papéis de príncipes no Municipal”, disse o professor de história da dança Paulo Melgaço. Uma das atuações mais marcantes de Aldo Lotufo, ao longo das décadas de 50, 60 e 70, foi no balé O Lago dos Cisnes, com música de Tchaikovsky, em sucessivas montagens ao lado da bailarina Bertha Rosanova.

Segundo Melgaço, mesmo depois de aposentado Lotufo, que também foi professor da dança, continuou a frequentar assiduamente o Theatro Municipal.Assistia a todos os espetáculos, seja de balé ou de ópera, sentado na primeira fila. Ele sempre nos dizia que o Municipal era a sua casa”, disse o professor.

 

* com informações da repórter Nana Pôssa, da Rádio Nacional do Rio

Com informações da Agência Brasil

Por: Paulo Virgílio – Repórter da Agência Brasil Edição: Fábio Massalli

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( Texto retirado na íntegra )