Pesquisando na internet sobre salários de políticos no Brasil – encontramos dados que demonstram, na prática, o quanto eles se preocupam com quem os elegeu, principalmente – na hora de autorizar aumentos salariais para eles mesmos.
Chega a ser “bizarro”, um comparativo entre os percentuais concedidos para o Salário Mínimo e os liberados para nossos representantes – diga-se de passagem, pagos com dinheiro do povo, num momento de recessão e desemprego iminentes, onde temos que economizar e promover verdadeiros milagres para sobreviver.
Vamos aos fatos, e alguns exemplos: o Salário Mínimo teve reajuste na ordem de 8,8% passando de R$ 724,00 para R$ 788,00.
A presidente da República, Dilma Rousseff (PT), também recebeu um aumento salarial. Só que, a pedido do próprio governo, o reajuste foi menor que o dos deputados, senadores e ministros do Supremo. Dilma passou a ganhar os mesmos R$ 30.934,70 de salário do vice Michel Temer, e dos 39 ministros, o que representa 15,8% de aumento. Antes, Dilma tinha vencimentos de R$ 26,7 mil.
Rousseff também sancionou o aumento dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) que passaram a ganhar R$ 33.763,00 (14,6% a mais) a partir de janeiro. Antes, o salário (R$ 26.723,13) e os subsídios totalizavam R$ 29,4 mil.
A Câmara de Deputados (513 Parlamentares) e o Senado (80) passaram a perceber a quantia mensal de R$ 33.763,00 – o equivalente a 26,3% de aumento.
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), assinou, recentemente, um aumento para ele, para o vice-governador e para seus 26 secretários. Alckmin, que tinha vencimentos de R$ 20.662,00 – passou a ganhar R$ 21.631,05 em 1º de janeiro. O reajuste foi de 4,7%, menor que a inflação de 12,7% acumulada desde o último aumento, em janeiro de 2013. Márcio França (PSB), vice-governador de São Paulo, passou a ganhar R$ 20.549,60. Até o ano passado, o salário do vice era de R$ 19.629 e todos os secretários de São Paulo também tiveram aumento – recebendo agora, R$ 19.467,94. Antes recebiam R$ 16.529,00 – reajuste de 17,8%.
Embora minha especialidade não seja cálculo matemático nem economia, e os percentuais acima possam estar aproximados, sempre escuto o governo falar que se aumentar muito o Mínimo – o país correria sérios riscos econômicos entre outros problemas, então, qual seria a razão de não terem dado os mesmos 8,8% para os políticos, já que este percentual “supre” a todas as necessidades da nação verde e amarela?
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