A música clássica, tão desconhecida por alguns, pode salvar sua vida.

De acordo com um estudo divulgado por cientistas da Universidade de Helsinque, a música clássica ativa genes associados à atividade cerebral.

Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores examinaram o sangue de 48 pessoas antes e depois de escutarem este gênero musical.

A obra escolhida foi o Concerto para Violino n. 3, de Amadeus Wolfgang Mozart. Veja aqui a gravação com Orquestra Sinfônica da Rádio de Stuttgart, sob a regência de Gustavo Dudamel e a solista Hilary Hahn.

Após escutarem o concerto, os genes envolvidos na secreção de dopamina, na aprendizagem e na memória foram mais ativados. Genes envolvidos na degeneração cerebral e do sistema imunológico foram suprimidos. Isso reduziria o risco de contrair doenças neurodegenerativas como a Doença de Parkinson e a demência.

No entanto, este efeito benéfico da música só foi verificado em pessoas que já tinham intimidade com a música, seja tocando ou ouvindo.

Musicoterapia ajuda a diminuir a dor de pacientes terminais

Também foi comprovado os benefícios que podem ter a música em paciente terminais. Em alguns hospitais espanhóis este tipo de terapias está sendo introduzido com resultados muito positivos. Foi observado que 66% dos pacientes adultos que participaram das sessões diminuíram a sensação de intensidade de dor e em 83% foi reduzido o nível de cansaço. Os médicos, porém, frisam que deve ser usada sempre como uma terapia complementar para ajudar os resultados clínicos desenvolvidos em uma atividade normal.

No Rio de Janeiro, em 2007, um grupo de cantores resolveu sair para cantar todo mês de dezembro nos hospitais e asilos da cidade. Nasciam os Cantareiros com a ideia de alegrar o Natal de pacientes que passariam esta data no longe de casa. A atividade deu tão certo que a partir de 2015, os Cantareiros planejam se apresentar ao longo de todo ano nos hospitais cariocas. Embora a ciência comprove os benefícios da música para pacientes, no vídeo abaixo ficamos em dúvida quem ganha mais com a música: os cantores ou os doentes. É que as notas musicais falam direto ao coração, sem intermediários.

 

Fonte: El País, Huffington Post e redação Brazil com Z.

cantareiros

Os Cantareiros em ação no Hospital Miguel Couto, na cidade do Rio de Janeiro.