Manter hábitos e alimentação saudáveis pode ajudar a evitar a dor, afirma médico

 

As dores de cabeça são muito frequentes em grande parte da população e pode afetar significativamente os desempenhos no trabalho, escola e até mesmo na vida social. Hoje é comum ouvir queixas de pessoas com o problema, mas, felizmente, na maioria dos casos, não é sintoma de doença grave e pode ser apenas sinal de estresse, tensão, fadiga, ansiedade ou distúrbios emocionais.

De acordo com o neurologista Shigueo Yonekura, existem vários tipos básicos de dor de cabeça e a mais comum é a tensional episódica, geralmente causada por falta de sono e cansaço.

― Normalmente a dor é localizada na testa e/ou nuca ou topo da cabeça. Não costuma ter sintomas associados e a frequência pode variar muito.

Segundo Yonekura, outro tipo de dor de cabeça muito frequente é a cefaleia em salvas, caracterizada por crises de forte intensidade e latejante.

― A dor é de um lado só e costuma durar de minutos a três horas e aparece em dias seguidos ou alternados. Geralmente é associada com vermelhidão no olho, lacrimejamento e entupimento nasal.

á a enxaqueca, assim como a cefaleia tensional, é considerada uma dor de cabeça primária. São chamadas de primárias porque elas mesmas são a doença.

― A dor começa leve e vai aumentando, enjoo e sensibilidade à luz podem acompanhar a enxaqueca. Com esforço físico a dor tende a aumentar.

Independente do tipo o ideal é procurar ajuda de um médico que vai avaliar o caso e indicar o melhor tratamento, afirma o especialista.

― Manter hábitos e alimentação saudáveis pode ajudar a evitar a dor de cabeça. Entre as recomendações estão o combate ao estresse, a prática de exercícios físicos e técnicas de relaxamento, além de evitar locais muito escuros ou iluminados em excesso e não ficar muito tempo em frente à tela de computador

 

Dores de cabeça podem ter origem na boca; veja como identificá-la e tratá-la 

Diagnóstico pode demorar anos caso não seja avaliado por profissional especializado

Pacientes sofrem anos antes de descobrir problemas mandibulares Getty Images

Pacientes sofrem anos antes de descobrir problemas mandibulares Getty Images

Dor de cabeça, dor na face ou na região do pescoço. Muita gente sofre com esses problemas sem desconfiar que eles podem ter origem na boca. Os pacientes chegam a sofrer por anos até que um diagnóstico preciso seja feito, em razão da falta de profissionais especializados para diagnosticar e tratar a dor orofacial. A Iasp (Associação Internacional para o Estudo da Dor) escolheu a dor orofacial como tema central da sua campanha anual para o alívio da dor. O objetivo é conscientizar os profissionais da saúde e o público em geral sobre a importância da questão da dor.

A professora Leda Batelo Ribeiro, 54 anos, lidou por 42 anos com a dor e chegou a se consultar com médicos de várias especialidades, sempre sem sucesso no diagnóstico. A cura veio quando ela descobriu que sua dor tinha origem oral, ou seja, vinha do músculo da sua mastigação. Com o tratamento adequado, hoje a professora voltou a levar uma vida normal e livre de dor.

 

Levantamentos sobre pacientes que apresentam ATM (Disfunções da Articulação Temporomandibular) demonstram que a dor está presente em 97% dos casos. Além disso, cerca de 70% das pessoas têm dor no segmento cefálico (cabeça) em algum momento ao longo da vida, sendo que 40% já apresentaram dor dentária nos últimos seis meses.

 

Leda Batelo passou 42 anos com dor Reprodução:Ética Comunicação

Leda Batelo passou 42 anos com dor Reprodução:Ética Comunicação

Marcelo Junqueira, especialista em dor orofacial, explica que o diagnóstico é muito complexo.

— O diagnóstico depende de uma história detalhada e de um exame clínico minucioso, além de exames complementares para que todos os aspectos envolvidos sejam identificados e devidamente tratados, pois a dor dentária e a dor no músculo da mastigação, geralmente, somam-se a outros diagnósticos.
De acordo com a SBED (Sociedade Brasileira para Estudo da Dor), estudos recentes apontam as causas mais frequentes da dor orofacial. Entre elas estão: dores de dente (as mais comuns), disfunções da articulação temporomandibular – oclusão dentária, bruxismo, postura mandibular ou cervical e estresse (que são os principais fatores de risco para as mulheres), câncer bucal e síndrome da ardência bucal (atinge cerca de 6% das mulheres idosas).

O tratamento inicia-se com etapas locais, como remoção de infecções e cáries, e segue para o tratamento periodontal (placa de mordida, fisioterapia). De acordo com o caso, podem ser usados medicamentos como anti-inflamatórios, antidepressivos, relaxantes musculares, anticonvulsivantes, entre outros.

Junqueira acrescenta ainda que o profissional mais capacitado para o tratamento da dor orofacial é o dentista, que tem conhecimento específico do aparelho mastigatório, dos dentes e de suas estruturas, além das doenças que envolvem esses tecidos.

 

 

 

 

FONTE: R7