O Comitê para Proteção dos Jornalistas (CPJ) informou que em 2014 morreram 60 jornalistas no exercício de sua profissão, em nível mundo. Em território verde e amarelo foram dois.

O CPJ (sediado na cidade de Nova York/EUA) em seu relatório anual relatou que os últimos três anos se caracterizaram como sendo o “pior saldo de mortes” já registrado pela organização, com alta proporção de mortes entre correspondentes estrangeiros, o equivalente a um quarto do total.

jornalista

Ainda está sendo investigada a morte de mais 18 jornalistas visando determinar se realmente foram relacionadas com a atividade profissional. Os dados fornecidos pelo CPJ apontam a Síria – pelo terceiro ano consecutivo – como o país de maior número de jornalistas mortos no exercício da profissão: 17. Desde o inicio do conflito armado em 2011, foram mortos 79 jornalistas.

O relatório destaca ainda que, no Paraguai e na Birmânia, foram registradas no ano passado, as primeiras mortes de jornalistas no desempenho da profissão desde 2007. No caso do Paraguai, foram mortos três jornalistas, quando trabalhavam na fronteira com o Brasil.

Lamentamos profundamente estas mortes, o prejuízo causado às famílias destes colegas, e ainda, à liberdade de expressão drasticamente coibida, mas como todo bom jornalista – sem ferir a ética – primeiro se busca a informação e depois se pensa nos riscos. É assim a vida toda. Não adianta alguém tentar nos persuadir a desistir, aliás, como diria o saudoso Cazuza: “faz parte do meu show” ou em outras palavras – do nosso trabalho…

Ameaças de morte, tentativas de coação, agressões, impedir nosso acesso, e até perseguições ou retaliações, não possuem significado no vocabulário jornalístico, nem são capazes de nos intimidar.

Sempre estaremos buscando a informação “doa a quem doer”, portanto, se ainda estamos vivos escrevendo esta coluna, não foi em razão de fugirmos da busca incessante pela veracidade dos fatos ou por medo, mas sim, por algo muito maior que nos move: a paixão pela notícia, pela Verdade, pela Justiça e jamais pela impunidade…

Não nos importa o que virá depois como consequência e se teremos a mesma sorte na próxima investigação – saindo intactos para contar a história. Queremos, e sempre vamos fazer nossa parte, e ninguém terá o direito de calar a nossa voz!

Memorial de jornalistas mortos

Memorial de jornalistas mortos