Esta questão do abastecimento de água em São Paulo preocupa a população, e não é para menos, afinal, tudo o que não se quer é ficar sem o precioso líquido, tão necessário para a vida de todos.
Fazendo uma rápida pesquisa na internet, nossa ferramenta mais a mão e capaz de nos dar respostas – que no passado só teríamos em demorada pesquisa em enciclopédias, confirmamos nossa suspeita de que, claro, a escassez de água em “Sampa” nos mesmos moldes atuais, não ocorre pela primeira vez.
Sendo assim, identificamos que em 2003 o problema já se fez presente no cotidiano do Estado e foram necessários cinco anos para que a situação fosse normalizada – com dependência única da ação da natureza (entenda-se através de chuvas), mas as autoridades nos 11 anos que se seguiram, agiram pouco na prevenção e risco de novo desabastecimento.
Pelo visto, embora estejam ocorrendo fortes “precipitações climáticas”, especialistas entendem que serão precisos mais cinco anos para tudo se normalizar novamente. Enquanto isto segue a falta de água para o básico, e permanecem os cortes no fornecimento, além de multas pesadas para quem ultrapassar o consumo.
Mais uma vez, o povo paga a conta, e pasmem, mesmo com a chegada da chuva, o aumento do nível do Cantareira ainda vai demorar. A água da precipitação infiltra-se no subsolo, em um processo muito lento, a uma velocidade de milímetros ou centímetros por dia. Sendo assim, a água que se infiltrar num dia só – chegará ao reservatório, dependendo do lugar em que ela caiu – dois, três ou até seis meses depois.
Uma das soluções seria o investimento em obras e redução de perdas da água provocadas por vazamentos e captação irregular. Em 2014, segundo a assessoria de imprensa da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), as perdas totais foram 30,5%, enquanto a média nacional foi 37%. O índice inclui as perdas físicas por vazamentos, que correspondem a 19,7%, e as perdas com “gatos”, fraudes e problemas em hidrômetros, que chegam a 10,8% do total. O padrão internacional de perdas físicas é 19,7%. Ou seja, a ação governamental pouco adiantou para solucionar a questão, e no máximo protelou a situação vivida hoje.
Resumo da ópera: está mais do que na hora das autoridades buscarem alternativas, criando novos reservatórios, ou encontrando saídas efetivas, que sejam capazes de resolver a questão, e não apenas repassar o ônus ao povo depois que os reservatórios secarem…
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