A sede da Telexfree nos EUA anunciou nesta segunda-feira (14) que entrou com um pedido de concordata no Tribunal de Falências do Distrito de Nevada, nos EUA. Concordata (equivalente a uma recuperação judicial), com o objetivo de reestruturar seus negócios. Segundo a direção da companhia, a expectativa é a de construir “uma base financeira sólida, com perspectivas de longo prazo”.

Foram apresentados pedidos de concordata em nome das empresas: TelexFree, LLC; TelexFree, Inc.; e TelexFree Financial, Inc.

A Telexfree não esclareceu se os pedidos de concordata vão interferir no pagamento dos divulgadores.O Capítulo 11 da lei de falências americana (Bankrutpcty Code) permite a uma empresa com dificuldades financeiras continuar funcionando normalmente, dando-lhe um tempo para chegar a um acordo com seus credores. Esse procedimento significa uma vontade de reestruturação da companhia, sob o controle de um tribunal.

Em comunicado divulgado na sua página internacional, o presidente interino da Telexfree, Stuart A. MacMillan, disse que a medida ajudará a fortalecer a estrutura financeira e operações globais da empresa. “Esperamos que o nosso negócio vai continuar a operar, e tudo faremos para apoiar os nossos associados de vendas e clientes com novos produtos e melhoria dos serviços, incluindo os serviços de VoIP que estão se expandindo para alcançar mais de 70 países”, afirma o porta-voz da empresa.

Muitos dos associados do Brasil migraram para a sede norte-americana depois da suspensão das operações da empresa no país, em junho do ano passado, por determinação da Justiça do Acre.

No Brasil, a Telexfree é investigada por suspeita de prática de pirâmide financeira e, em fevereiro passado, teve o pedido de recuperação judicial negado. Nos Estados Unidos também existe investigação sobre os negócios da empresa, que foi confirmada pelo governo do estado de Massachusetts.

Em vídeo divulgado nesta segunda-feira, um dos diretores da Telexfree no Brasil defende o pedido de concordata nos EUA, dizendo o bloqueio de recursos da empresa no Brasil afetou também a Telexfree internacional. “Foi afetada sim, diretamente. Muito do dinheiro que está hoje preso, bloqueado no Brasil pertence à Telexfree internacional”, afirma Carlos Costa. “É um remédio amargo, mas necessário…Vamos sair dessa, sim”, acrescenta.

Na Espanha a Revista BrazilcomZ entrou em contato com o líder Edjavan Leandro o qual nos enviou um comunicado da AMLM (Associação Europeia de Marketing Multnível) o qual relata: “”No dia 14/04 iniciou uma restruturação interna dentro da empresa para conseguir o objetivo de fortalecer a companhia e a construção de uma base financeira sólida com perspectiva a longo prazo. AMLM adicionalmente informa que os diretores executivos da AMLM viajarão a Boston para reunião com a Direção de Telexfree com a finalidade de informar todos os membros da Associação Europeia de Marketing Multinível sobre os acontecimentos relacionados a Telexfree internacional”.