A TAM vai acabar com a primeira classe em todos os voos internacionais. A partir de 1º de novembro, a companhia, que no passado se orgulhava de estender o tapete vermelho, vai operar com apenas duas configurações: executiva e econômica.

Segundo Jerome Cardier, vice-presidente de marketing do Grupo Latam, a decisão tem por objetivo atender melhor o passageiro que viaja de executiva e que passará a contar com uma poltrona que reclina totalmente. “Nossos clientes da classe executiva tinham dois desejos que poderiam ser mais bem atendidos: poltrona maior que vira cama e um serviço de bordo mais veloz, liberando tempo para descanso.”

Para dar lugar à poltrona-cama, que terá 2,13 metros –cerca de 10 cm maior do que o que se tem hoje nas rotas de e para a América Latina–, a companhia optou por acabar com os quatro assentos da primeira classe. A medida não altera o número de assentos na classe executiva (56).

 

AZUL

A adoção de poltronas-cama na executiva está virando padrão no setor. A Azul, que até o início de 2015 vai começar a voar para os EUA, também terá poltrona que vira cama na executiva e não vai oferecer primeira classe.

Já a nova configuração da Lufthansa, que chegará ao mercado brasileiro com a entrada em operação do Boeing-747-8, em maio, também terá poltronas-cama na executiva, embora sem abrir mão da primeira classe.

“O mercado está mais competitivo e precisávamos avançar. Hoje você conta nos dedos as companhias que não oferecem cama na executiva.”

Para atender a segunda demanda dos clientes, a TAM criou o posto de chefe de serviço de bordo, um comissário que vai atuar como um gestor, coordenando a equipe de comissários e prestando atendimento quando necessário. “É uma posição de liderança e um cargo a mais na carreira”, explica.

No novo formato, a empresa espera reduzir de quase 3 horas para uma hora e 40 minutos o tempo gasto para servir uma refeição na executiva. O serviço na econômica também deve ser agilizado, embora não haja metas de redução do tempo.

As poltronas serão instaladas nos dez Boeings-777 que voam para Europa e EUA a partir de São Paulo. Os 767 –que fazem a rota Rio-NY e também voam de outros destinos no Brasil para Miami– já oferecem poltronas-cama e não têm primeira classe. Os Airbus A330, que estão em processo de devolução, não serão modernizados.

Cardier diz a modernização vai custar “algumas dezenas de milhões” de reais. “Não estamos cortando nem adicionando custo. A ideia é compensar a perda de receita da primeira classe com aumento da ocupação na executiva.”

 

 

FONTE: UOL