O ex-marido da presidente Dilma Rousseff, o advogado Carlos Araújo, recebeu no início do mês proteção policial após um relatório de inteligência apontar que um preso informara a intenção do PCC (Primeiro Comando da Capital) de sequestrá-lo.

 

Segundo alerta do Depen (Departamento Penitenciário Nacional) à Polícia Federal, um iraniano preso na penitenciária de Mossoró, no Rio Grande do Norte, teria comentado com agentes penitenciários ter ouvido de outros detentos sobre o plano de sequestro.

A PF monitorou o advogado por sete dias, na primeira semana de maio.

Após investigações, porém, os policiais concluíram que a informação não era procedente. Ex-marido e amigo próximo de Dilma, Araújo vive em Porto Alegre (RS).

Segundo foi apurado, o presidiário, apontado como Farhad Marvizi no documento, disse ter ficado sabendo do caso quando cumpria pena no Paraná, antes de ser deslocado para o Rio Grande do Norte.

Polícia Federal dá proteção a Ex-marido da presidente Dilma após suspeita de sequestro

Polícia Federal dá proteção a Ex-marido da presidente Dilma após suspeita de sequestro

Após levantamentos para checar a informação, foi constatado que a suposta denúncia era improcedente, sendo suspenso o esquema de segurança. A polícia suspeita que Marvizi tinha por objetivo negociar sua deportação. Ele dizia possuir novas informações, mas nunca as apresentou, tampouco conseguiu o benefício de retornar a seu país.Diante da informação, o Depen, então, encaminhou comunicado ao Ministério da Justiça, que determinou esquema de segurança por parte da Polícia Federal para proteger a integridade do ex-marido da presidente, pai de Paula, única filha do ex-casal.

Ao saber do conteúdo do relatório pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, a presidente Dilma Rousseff ficou preocupada e determinou proteção imediata ao ex-marido.

“A partir de uma relatório de inteligência, eu determinei que fosse realizada a segurança do senhor Carlos Araújo dentro dos padrões normais de segurança para casos assim. Antes disso, eu próprio liguei e disse que, na nossa avaliação, por cautela, seria recomendável que fosse feita a segurança pelo período necessário. Depois disso, a presidente da República foi informada do assunto”, afirmou  o Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

Segundo foi apurado, a petista ficou muito nervosa ao saber do risco de sequestro.

A investigação interna mostrou que o iraniano é conhecido pelos agentes penitenciários de tentar plantar informações e prometer mais detalhes em troca de sua deportação.

 

FONTE: Folha