O primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, em reunião no Congresso hoje (8) em Madri, capital espanhola, falou pela primeira vez sobre a crise do ebola na Espanha. Ele pediu tranquilidade à população. “Vamos deixar os profissionais de saúde trabalharem. Vamos acreditar neles. Eles têm um prestígio comprovado. O sistema de saúde da Espanha é um dos melhores do mundo.”

Rajoy disse que a prioridade do governo espanhol é dar assistência à auxiliar de enfermagem infectada e, depois, monitorar todas as pessoas com as quais ela teve contato. “O que eu tenho a dizer ao público [neste momento], é que essa [doença] não é de fácil contágio. Só é transmitida pelo contato direto com um paciente em estágio avançado. O que temos que fazer no momento é ficar atentos, mas manter a calma.”

O primeiro caso de contágio de paciente pelo vírus ebola fora da África foi confirmado em Madri, na Espanha, na segunda-feira (6). A auxiliar de enfermagem Teresa Romero, que fez parte da equipe que cuidou dos missionários espanhóis Miguel Pajares e Manuel Garcia Viejo, foi contaminada com o vírus. Os missionários morreram no Hospital Carlos III, em Madri, depois de contraírem o ebola em Serra Leoa, na África.

Teresa Romero foi isolada e está sendo tratada. Cerca de 30 pessoas que tiveram contato com a enfermeira estão sendo monitoradas. Seis delas já foram submetidas a isolamento preventivo, entre elas, o marido da enfermeira, Javier Limón.

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Uma grande mobilização se formou nas redes sociais em defesa do cachorro do casal, Excalibur, cujo sacrifício já foi autorizado pela Justiça. Milhares de pessoas aderiram à campanha e a hashtag#SalvemosaExcalibur aparece ontem(7) em primeiro lugar nos Top Trends do Twitter. A reivindicação é que o animal seja colocado em isolamento, em vez de ser imediatamente sacrificado. Um grupo de cerca de 50 pessoas protestou nesta manhã contra o sacrifício em frente à casa da enfermeira, na cidade de Alcorcón.

Trabalhadores e usuários do sistema de saúde espanhol estão convocando, para o fim da tarde de hoje, uma manifestação em frente ao Hospital Carlos III, em protesto contra a gestão da crise do ebola no país.

Com informações da Agência Brasil

Por: Talita Cavalcante

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( Texto retirado na íntegra )