O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) não discutiu a resolução proposta pela Jordânia, mas defendeu um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza. O conselho expressou “sérias preocupações sobre a escalada da violência” e defendeu a proteção dos civis sob a lei humanitária internacional.

Em comunicado lido à imprensa, o conselho disse estar inquieto pelo crescente número de fatalidades. Os países defenderam os esforços do Egito e do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que desembarcou na região no domingo, para costurarem um acordo.

Riyad Mansour, o representante palestino para a ONU, disse a repórteres estar desapontado pelo fato de que o conselho não adotou a resolução cujo texto previa “parar a agressão contra nosso povo”. A resolução, que pedia a retirada das forças de ocupação de Israel, sequer foi discutida. Em vez disso, o conselho se limitou a ler o comunicado para a imprensa, que traz um tom mais ameno.

Mansour declarou que o comunicado do conselho é um teste para ver se Israel interromperá as operações contra Gaza. O embaixador de Israel, Ron Prosor, não falou com os repórteres após a reunião, realizada a portas fechadas. Já o embaixador da Rússia Vitaly Churkin criticou a convocação do conselho. Para ele, a reunião não tinha um propósito específico a ser discutido. “Por que ter esse encontro? O Conselho de Segurança ficou em uma posição muito constrangedora. Obviamente, nada sairá daqui”, disse.

ONU pede cessar-fogo imediato em Gaza

O Secretário de Estado dos EUA, John Kerry, irá viajar ao Oriente Médio nesta segunda-feira na tentativa de ajudar nas negociações por um cessar-fogo. O Departamento de Estado disse que ele se juntará aos esforços diplomáticos para retomar uma trégua que foi acordada em novembro de 2012.

Em duas semanas de conflito na Faixa de Gaza, ao menos 430 palestinos e 20 israelenses foram mortos.

O governo de Cairo ofereceu um plano de cessar-fogo, apoiado pelos EUA e por Israel. No entanto, o Hamas rejeitou a oferta e confia nos governos do Catar e da Turquia para uma proposta alternativa. Os dois países têm laços com a Irmandade Muçulmana, que também possui conexões com o Hamas, mas que é banido no Egito.

 

FONTE: Associated Press e Dow Jones Newswires