O preso Clayton Lockett morreu de ataque cardíaco após problemas com injeção letal AP

 

OKLAHOMA CITY – O estado americano de Oklahoma ordenou a suspendeu da execução de Clayton Lockett, de 38 anos, nesta terça-feira devido a problemas com uma injeção letal. A ordem foidada três minutos após a aplicação da injeção. O preso morreu de ataque cardíaco cerca de 40 minutos depois que as drogas começaram a fluir em seu corpo, e agonizou durante mais de 30 minutos antes de morrer, informaram as autoridades penitenciárias.

Segundo o porta-voz do departamento de correções estaduais Jerry Massie, treze minutos após a administração de uma injeção letal, o prisioneiro levantou a cabeça e começou a resmungar. O diretor do departamento, Robert Patton, então suspendeu a execução.

— Acreditamos que uma veia explodiu e que as drogas não estavam funcionando como foram projetadas — disse o porta-voz.

A execução tinha sido colocada em espera durante várias semanas devido a uma briga judicial sobre um novo coquetel de produtos químicos para a injeção letal, com os advogados discutindo que o estado estava retendo informações cruciais sobre os medicamentos a serem utilizados.

Na semana passada, a Suprema Corte de Oklahoma suspendeu o adiamento da execução de Lockett e de outro preso que também estava programado para ser executado na terça-feira, alegando que o estado forneceu informação suficiente sobre o coquetel de injeção letal para atender às exigências constitucionais.

O outro preso, Charles Warner, que estava programado para ser executado duas horas após Lockett, teve a aplicação da pena de morte adiada por 14 dias após os problemas.

Lockett foi condenado à morte em 2000 pelo estupro e assassinato de uma jovem que havia sequestrado e enterrado viva. Warner recebeu a pena capital em 1997 pelo estupro e assassinato da filha de onze meses de sua namorada.

Oklahoma tinha criado um novo procedimento de injeção letal e coquetel de produtos químicos no início deste ano depois que não era mais capaz de obter as drogas que já tinham sido usadas em execuções.

Oklahoma e outros estados americanos vêm lutando para encontrar novos fornecedores e combinações químicas depois que fabricantes de medicamentos, principalmente na Europa, terem imposto proibições de vendas, porque se opuseram a ter medicamentos feitos para outros fins sendo usados em injeções letais.

Os advogados de condenados à morte têm argumentado que as drogas usadas em Oklahoma e outros estados podem causar mortes desnecessariamente dolorosas, o que equivaleria a um castigo cruel e incomum em violação à Constituição dos EUA.

 

 

FONTE: O Globo