Morreu na manhã desta quinta (8) o cantor Jair Rodrigues, aos 75 anos, em sua casa em Cotia, São Paulo.

Segundo a assessoria da JRC Produções, empresa do músico, ele morreu às 9h30 na sauna da casa onde vivia. A causa da morte ainda não foi divulgada.

Pai dos músicos Luciana Mello e Jair Oliveira, ele começou sua carreira como crooner nos anos 1950.

Na década de 1960, fez sucesso na televisão como apresentador do programa “Fino da Bossa”, ao lado de Elis Regina.

O cantor ainda ficou imortalizado como o intérprete da canção composta por Geraldo Vandré “Disparada”, que venceu o Festival da Canção de 1966, empatado com “A Banda”, de Chico Buarque.

 

VIDA E OBRA

Jair Rodrigues nasceu em 6 de fevereiro de 1939 em Igarapava (SP). Começou sua carreira no final dos anos 1950 como cantor em casas noturnas no interior do Estado.

Na década seguinte, ele começa a se apresentar na capital paulista. Seu primeiro disco foi gravado em 1962, com duas músicas para a Copa do Mundo daquele ano: “Brasil Sensacional” e Marechal da Vitória”.

“Vou de Samba com Você” e “O Samba como Ele é”, seus dois primeiros LPs, foram gravados em 1964. Foi nessa época que atingiu grande popularidade com a música “Deixa Isso pra Lá”, considerada uma das precursoras do rap brasileiro, com um refrão falado.

Cantou pela primeira vez ao lado de sua parceira, Elis Regina, em 1965. A dupla gravou um disco ao vivo, “Dois na Bossa”, e comandou o programa de TV “O Fino da Bossa”.

Em 1966, disputou o 2º Festival de Música Popular Brasileira com a música “Disparada”, de Geraldo Vandré e Teo de Barros”. Acabou em primeiro lugar, que foi dividido “A banda” (canção de Chico Buarque), interpretada por Nara Leão.

A discografia de Jair Rodrigues inclui 44 trabalhos, segundo o site oficial do cantor. Os discos foram gravados entre 1964 e 2014. Neste ano, lançou os dois volumes do álbum “Sambo Mesmo”, em que homenageia gêneros como seresta e samba.

Jair Rodrigues
 

Jair Rodrigues deixa a mulher, Clodine, dois filhos (Jairzinho e Luciana Mello) e quatro netos.
FONTE: Folha de São Paulo