Só por uma questão de saudade eu já iria ao show que a Karina realizará em Barcelona, no “templo sagrado” da música na Catalunha, o Palau.

Conheço-a pessoalmente, pois tivemos a felicidade de morar na cidade de Olinda, nos mesmos anos de juventude. Naturalmente, como Olinda não é tão grande, andamos pelas mesmas praças.

Acompanho seu trabalho artístico desde quando eu frequentava os shows de uma deliciosa e gingada banda olindense chamada Eddie (idealizadora de uma expressão musical que transpassou fronteiras, o Original Olinda Style). E também desde quando Karina, junto com minha colega de estágio acadêmico na Universidade Federal de Pernambuco, Isaar, montaram um grupo de alto conteúdo percussivo e de vocais femininos de primeira qualidade: Comadre Fulôzinha.

Karina-Buhr

Dias atrás, me ligou um colega de Barcelona pra me parabenizar por eu haver “movido alguma ficha” para “conseguir trazer” Karina ao Palau. Logo desmenti. Claro! Ele acabava de me revelar uma agradável surpresa. Eu nem mesmo sabia quando seria esse show. O certo é que fiquei triplamente contente: Karina tem dois guitarristas de bandas cujos discos e shows foram inesquecíveis para mim (Cidadão Instigado e Ira!). Pena que ela já me avisou que o Edgar Scandurra não poderá vir nessa turnê que ela fará por diversos países da Europa.

Logo depois da agradável surpresa, entrei em contato com Karina, que muito gentilmente, disponibilizou-se a ser entrevistada, quando eu lhe perguntei se queria que ajudasse com algo na divulgação do seu show entre os brasileiros e entre os “quase-brasileiros” (europeus, que de tão apaixonados pelo Brasil, nunca se negam a qualquer música brasileira) na Europa.

A entrevista exclusiva poderá ser lida em breve, aqui na Brazil com Z, com direito às potentes declarações da Karina (quem conhece essa menina sabe do que eu falo) sobre a sua mais nova investida social: tornou-se uma das caras mais visíveis, entre tantos participantes, indivíduos e coletivos, do mais impactante movimento de ocupação sociocultural em Recife, Pernambuco, o OCUPE ESTELITA. Qualquer busca nos meios de comunicação pernambucanos, revelará todo o conteúdo expressivo dessa ocupação.

Karina-Buhr-ocupa-estelita

Com isso, inauguro o meu espaço voluntário – con mucho gusto – de poder ser, além de colaborador na última página de cada revista mensal (desde já alguns anos), voltar a entrevistar pessoas, expressar minhas próprias opiniões, divulgar meus textos, dialogar com o público, etc. Ou seja, seguiremos nos vendo, sempre, por aqui.

 

Aquele abraZo.

 

 

Flávio Carvalho.
Sociólogo. Meio Quixote, meio Macunaíma.