A intolerância religiosa é um conjunto de ideologias e atitudes ofensivas a crenças e práticas religiosas ou a quem não segue uma religião. É um crime de ódio que fere a liberdade e a dignidade humana.

O significado é bem claro, mas infelizmente, ações intolerantes têm sido cada vez mais crescentes, em território verde e amarelo, o que assusta a maioria das pessoas seguidoras de algum tipo de culto, crença ou religiosidade.

Recentemente uma menina de 11 anos iniciada no Candomblé foi apedrejada a caminho de um centro espiritualista no Rio de Janeiro, um absurdo que vai muito além quando se registra o fato de um terreiro ter sido atacado oito vezes em oito anos e por último incendiado e destruído, na Baixada Fluminense.

Entre os Estados brasileiros a denúncia de discriminação religiosa através do “Disque 100” disponibilizado para tanto, coloca o Rio de Janeiro na primeira colocação, seguido por São Paulo – conforme dados da Secretaria Nacional de Direitos Humanos.

Vale lembrar que pelo art. 5º, IV da Constituição: “é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato” (uma das formas mais comuns utilizadas pelos intolerantes é o anonimato, obviamente para não sofrerem sanções legais. Digamos, uma covardia a mais neste caso…) e, pelo art. 5º, VI, “é inviolável a liberdade de consciência e de crença”.

Além disto, o art. 5º, VIII, determina que “ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei”.

No Brasil, a Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989, alterada pela Lei nº 9.459, de 15 de maio de 1997, considera crime a prática de discriminação ou preconceito contra religiões.

A estas alturas da leitura você deve estar se perguntando que razão me leva a destacar este tema e, então, exemplifico na prática que qualquer indivíduo pode ser vítima: todos sabem que sou místico (Mago) e embora não seja minha profissão principal, há poucos dias, fui ameaçado de morte e literalmente “enxovalhado” por manifestações de intolerância e racismo em meu blog místico – por previsões feitas e que aconteceram, mas o “anonimato” se fez presente em todos os casos de ofensas escritas, na intenção de intimidar o meu direito de liberdade de crença.

Também fui simplesmente descartado após uma contratação efetivada para atividades de marketing político – de forma claramente discriminatória e declarada verbalmente, pelo simples fato de ser Mago.

Estudei para ser Teólogo, (além de Jornalista) e não me lembro de ter lido uma única vez em toda a Bíblia, algo do tipo: “Sois maior, melhor e tua religião é a única que vale em relação aos demais”, “afrontais e discriminai veementemente e de forma agressiva e violenta às outras religiões e seus seguidores”, ou “só vós tens a verdade absoluta”…

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