O halterofilista Emerson Júnior Barbosa, de 40 anos, foi banido do esporte pelo Comitê Paralímpico Internacional (IPC, sigla em inglês), por ter sido flagrado pela segunda vez em um exame antidoping. O brasileiro testou positivo para a substância metasterona em exame realizado no dia 4 de abril, deste ano, na véspera do início do Mundial Paralímpico de Halterofilismo, que foi realizado em Dubai, nos Emirados Árabes.

Sexto colocado na categoria acima de 170 kg da competição, o atleta, além de ser banido do esporte, também recebeu uma multa de 1,5 mil euros, cerca de R$ 4,5 mil. Reincidente, ele já havia sido pego em um exame antidoping em maio de 2009, quando disputava a etapa regional de São Paulo do Circuito Nacional. Na ocasião, ele foi flagrado pelo uso da substância oxandrolona e foi suspenso por dois anos.

O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) lamenta pelo atleta, mas nossa postura é de tolerância zero ao uso de substâncias e métodos proibidos pela Wada. Nossa estratégia de combate ao doping é baseada em ações educativas em todas as nossas competições e na realização de testes dentro e fora de competição“, afirmou Andrew Parsons, presidente do CPB.

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A suspensão do atleta foi confirmada após julgamento realizado no dia 8 de julho, por meio de uma videoconferência realizada entre membros do departamento responsável pelo combate ao doping.

Recentemente, tanto a CBP como a IPC tem reforçado o investimento em medidas para coibir o uso de substâncias proibidas e deixar ainda mais rígida a fiscalização. No halterofilismo, todos os convocados para representar o Brasil em competições internacionais serão submetidos a exames, assim como todos os competidores que conquistarem medalhas em torneios nacionais.

O programa de combate ao doping do CPB é bastante eficaz nas demais modalidades. Entretanto, o halterofilismo apresenta casos positivos de doping em uma frequência maior tanto em âmbito nacional quanto internacional. Em consonância com o Comitê Paralímpico Internacional, em relação a esta modalidade específica, empreenderemos ações específicas e de maior intensidade. Nosso objetivo é zerar os casos de doping em todas as modalidades paralímpicas no país“, completou Parsons.

 
FONTE: Gazeta Esportiva