Começa a 47ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Até o próximo dia 23, o público terá a oportunidade de acompanhar mais de 60 filmes que farão parte das mostras competitivas e paralelas. Este ano, a noite de abertura vai homenagear Glauber Rocha com a exibição do filme Deus e o Diabo na Terra do Sol, que completa 50 anos. O evento, realizado para convidados, contará também com a apresentação da Orquestra de Câmara, formada por parte dos músicos da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro. Os músicos vão interpretar a Bachiana nº 5, de Heitor Villa- Lobos, que faz parte da trilha sonora do filme.

Além das exibições no Cine Brasília, o festival ocupará o Museu Nacional da República, escolas públicas em outras cidades do Distrito Federal, como Taguatinga, Gama, Sobradinho e Ceilândia, e campi das universidades de Brasília (Plano Piloto, Ceilândia e Planaltina), do Iesb e da Católica.

O coordenador-geral do evento, Miguel Ribeiro, conta que essa descentralização é importante para levar o cinema a toda a cidade. “Estamos atuando diretamente com a formação do público e também dos profissionais que vão entrar no mercado de trabalho”. Além de levar as projeções para as escolas, o festival deste ano traz uma novidade: “Nesta edição, em vez da locação do equipamento, vamos adquiri-lo para que fique nas escolas. Estamos intensificando a nossa relação com a educação”, explica Miguel. Foram escolhidas instituições tradicionais da cidade: o Teatro da Praça de Taguatinga, o GC do Gama e o Teatro de Sobradinho. A ideia é que, no ano que vem, a Ceilândia também receba os equipamentos após a realização de reformas nas escolas. Miguel conta que foram adquiridos novos equipamentos para o Cine Brasília, que também ficarão permanentes. “Foi adquirido para esta edição. Estamos deixando um legado para a cidade”.

#46º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro

Além da mostra competitiva de curtas e longas-metragens, outras cinco serão exibidas paralelamente. Filmes produzidos durante a ditadura militar relembram os 50 anos do golpe. Obras posteriores ao período mostram o debate atual do tema. As coproduções latinas também serão temas abordados, além de uma homenagem ao documentarista Eduardo Coutinho.

As atividades, no entanto, não estão restritas às exibições cinematográficas. Durante todo o festival, debates com realizadores e as equipes dos filmes, além de oficinas, farão parte da programação. Uma das discussões destacadas pelo coordenador são os cineclubes nas escolas.  Será anunciado um convênio para fomentar a atividade na cidade, com o treinamento de professores e alunos.

As crianças também terão espaço. O Festivalzinho traz filmes recentes de animação e ficção infantil. “O Festivalzinho, que antes funcionava apenas no Plano Piloto e no Cine Brasília, estará também nas cidades envolvidas”, conta Miguel Ribeiro. Para acompanhar a programação completa do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, basta acessar o sitehttp://www.festbrasilia.com.br.

 

 

Com informações da Agência Brasil

Por:Michèlle Canes – Repórter da Agência Brasil Edição: Graça Adjuto

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( Texto retirado na íntegra )