Madrid realiza a partir de novembro, e até abril do ano que vem, a exposição comemorativa do “IV Centenário da Morte” do escritor, romancista, dramaturgo e poeta: Miguel de Cervantes, o mais importante literato espanhol.
A atividade traçará um paralelo da biografia de Cervantes e a influência que representou junto a capital espanhola nos séculos XVI e XVII.
Mesmo que o escritor tenha percorrido inúmeros lugares desde o nascimento em Alcala de Henares, no ano de sua morte em 1616, ele vivia em Madrid – onde permaneceu por dez anos, período considerado o mais produtivo de sua carreira como autor de sucesso e com méritos.
A história da cidade ao longo de sua estada e as relações entre Cervantes, Madrid e outros autores como Francisco de Quevedo, Lope de Vega e Calderón de la Barca, que compartilham sua cidade e tempo, estarão refletidas em quatro grandes áreas temáticas.
Conforme destacam os organizadores do evento, “as referidas áreas temáticas estão compostas pela biografia de Miguel de Cervantes ligada à cidade de Madrid; pelas cenas da Renascença e do Barroco de Madrid incidindo sobre as mudanças sofridas pela cidade na transformação real desde 1561, quando o rei Filipe II fez Madrid a capital do reino, e 1616, quando Cervantes morreu; do Tribunal de Letras e o papel único de Madrid, no desenvolvimento da literatura do Século de Ouro espanhol, e do esquecimento para o elogio público, que analisa como a figura de Cervantes foi posta de lado em favor de outros gênios contemporâneos como Lope de Vega e Calderón de la Barca, a ser posteriormente recuperados durante o século XVIII, e especialmente no século XIX, quando foi gerada uma nova visão da figura do autor e sua obra”.
O evento acontece de 22 de novembro à 23 de Abril de 2017 na sede do “La Imprenta Municipal – Artes del Libro”, um centro criado para proporcionar aos cidadãos o conteúdo cultural ligado à história da impressão, o livro e as artes que lhes estão associados, com a intenção de ser referência sobre este importante patrimônio cultural, e ainda, a preservação e divulgação de técnicas tradicionais de impressão e encadernação.
Jornalista David Isaías.