Tenho minhas dúvidas quanto à reforma politica tão propalada neste “Brasil Varonil”, afinal, me parece consenso que – na verdade – se os políticos não mudarem a sua própria postura, de nada adiantará.

Não precisa ir muito longe para nos darmos conta de que, enquanto os demais brasileiros vivem uma recessão absurda (aumento de preços/inflação visível e palpável, desemprego, queda na produção, suba de juros e pouco dinheiro em circulação), se toma conhecimento através dos noticiários – que os políticos andam liberando aumentos de ganhos para eles mesmos, e alguns servidores de altíssimo escalão recebem cada vez mais regalias.

Este pessoal vive num país só deles, diferente do nosso! Pelo menos é o que parece…

Chega a ser ultrajante a forma como argumentam ao falar sobre os consideráveis acréscimos para suas diárias de viagens, auxílio-moradia e os próprios salários (evidentemente inatingíveis para os demais trabalhadores “tupiniquins”). Eles simplesmente alegam que é “porque faz parte do contexto e das necessidades pessoais de cada um deles para o bom desempenho de suas funções”!?!

Os políticos, com raríssimas exceções – entendem a realidade em que o Brasil vive e lutam contra a maré, mas a maioria se mostra solidária mesmo, é com o próprio umbigo, afinal, “esquentar” ou receber propinas e subornos tem sido tão “normal”, que mais parecem fazer parte da cultura verde e amarela, embora estejam impregnadas num contexto a ser banido – junto com os corruptos e corruptores…

Adianta termos apenas uma reforma política sem se mudar a conduta de alguns dos seus agentes menos tímidos na hora das falcatruas e, sem se punir severamente os praticantes deste tipo de ilegalidade?

Em minha modesta opinião, infelizmente, da forma como pretendem colocar em prática esta tal reforma – será o mesmo que trocar seis por meia dúzia…

corruptos