O desemprego em maio na União Europeia (UE) afetou 26,4 milhões de pessoas nos 27 países que integram o bloco. O número é ligeiramente inferior ao verificado em abril, que ficou em 26,5 milhões. Em termos percentuais, a taxa de desemprego foi de 10,9%. Em 17 países onde circula o euro a taxa foi ligeiramente superior: 12,1%, contra 12% de abril. Segundo o Eurostat, o escritório de estatísticas da União Europeia os dados correspondem às projeções macroeconômicas.

Os países do continente que registraram os maiores índices de desemprego foram a Espanha, com 26,9%, e a Grécia, que chegou a 26,8% da população. Portugal teve recuo de 0,2 pontos percentuais em relação a abril e a taxa desceu para 17,6%, a terceira pior do continente. O desemprego é menor na Áustria (4,7%), na Alemanha (5,3%) e em Luxemburgo (5,7%). Os indicadores dos dois últimos países são menores, inclusive, quando comparados com o Brasil. Em maio, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) registrou um percentual de 5,8% em seis regiões metropolitanas pesquisadas.

Entre os jovens adultos, abaixo dos 25 anos, as taxas são piores e chegam a 59,2%; na Grécia; 56,5%, na Espanha; e 42,1% em Portugal. Nos 27 países da UE há 5,5 milhões de jovens sem ocupação formal, mais do que o dobro de toda a população de Salvador (BA) a terceira capital mais populosa do Brasil, com 2,7 milhões de pessoas.

O desemprego jovem é menor na Alemanha, que apresenta uma taxa de 7,6%. Segundo especialistas, uma das razões é o sistema de ensino profissional partilhado entre empresas e o Estado, com aulas nas escolas profissionalizantes e estágio prático nas companhias. O Eurostat também divulgou a expectativa de inflação anual de 1,6%. Na projeção, comida, cigarro e bebidas alcoólicas são os produtos que mais puxam os preços. No Brasil, a projeção de inflação é de 6%.

O desemprego registrado na Espanha caiu em abril relação ao mês anterior em um total de 111.565 pessoas e o número total de pessoas sem trabalho ficou em 4.684.301, segundo dados oficiais publicados nesta terça-feira (06) pelo Ministério de Emprego e Previdência Social. Esta é a maior queda registrada na série histórica para o mês de abril e é o segundo melhor mês desde que Espanha vive em democracia, segundo a imprensa espanhola.

Os números da Segurança Social espanhola revelam que no mês passado foram criados 60 mil postos de trabalho, sendo que, com o valor ajustado ao efeito sazonal cai para 50 mil empregos. Mas ainda assim, há 4.684 milhões de espanhóis desempregados.  A redução do número de desempregados deve-se à campanha de contratações na Semana Santa.   segundo a imprensa espanhola Abril é um período tipicamente positivo para o emprego, especialmente quando a Semana Santa tem lugar neste mês.  Nos últimos doze meses, o desemprego caiu em 304.892 pessoas.

Dividido em setores econômicos, o desemprego recuou -2,70% na agricultura, -1,65% na indústria, -1,78% na construção e -2,78% nos serviços.  Entre os menores de 25 anos, houve queda de 58.770 pessoas nos últimos doze meses, um recuo de 12,38%.

 

FONTE: Agência Brasil/EBC