Todos nós brasileiros estudamos o primeiro e segundo reinado na escola, ele ocorreu entre 1823 e 1889, durante o período imperial houve muitos avanços sociais e econômicos no país, muitos deles interrompidos durante a república velha, mas já se perguntou como seria o Brasil de hoje se a monarquia tivesse perpetuado?
Antes de tudo, precisamos observar a estrutura monárquica, centrada na figura do imperador e no parlamento, a monarquia brasileira queria se aproximar da monarquia inglesa em sua organização e estrutura. Durante o governo de Dom Pedro I, o Brasil ainda estava em um momento conturbado, muitos descendentes de portugueses queriam manter o sistema colonial, e o próprio Dom Pedro era português e reivindicava o trono de Portugal. A derrota na província Cisplatina que se tornou o atual Uruguai, e revoltas internas, desgastaram o imperador que renunciou em favor do trono português, deixando seu filho de apenas 5 anos como sucessor. Passado ao conturbado período regencial, onde muitas revoltas regionais ameaçaram separar o Brasil em várias partes, Dom Pedro II assumiu o poder com 15 anos em 1840, para se tornar um dos maiores, se não o maior governante do país. Dom Pedro II ou Pedrinho, como era chamado, era progressista, colaborou e suspendeu o tráfico negreiro, passou a trazer imigrantes europeus que ajudaram no desenvolvimento do país, abriu estradas de ferro, eliminou gradualmente a escravidão no Brasil, participava de inaugurações tecnológicas da época em várias partes do mundo, era simples, intelectual e preocupado com o futuro do país. Mas vivia decepcionado com a política e com seu papel de imperador. Em 1889 um golpe militar o tirou do poder, e toda família real foi viver na França, Dom Pedro II passou a viver com poucos recursos, simples e carregando consigo o Brasil, ele guardou terra de todas as províncias que visitou no Brasil, e quando faleceu, permitiu a colocação de um livro debaixo do seu travesseiro, como forma de mostrar que ele estava descansando sobre o conhecimento. Os militares tentavam fazer o povo esquecer a monarquia, mas demorou, e o Brasil entrou em 40 anos de escuridão política, a chamada república velha, marcada pelo atraso político, social, intelectual e econômico do país, atraso que foi quebrado com a chegada de Getúlio Vargas ao poder, em 1930.
Mas então, se o golpe não tivesse ocorrido e a sucessão imperial tivesse continuado?
A sucessora seria Princesa Isabel, que era extremamente popular entre os pobres do Brasil, havia planos imperiais de desenvolvimento do Norte e Nordeste do país na época, planos que seriam levados adiante se a monarquia tivesse continuado, após uma grande seca que assolou o Nordeste na segunda metade do século XIX, Dom Pedro II chegou a declarar que se pudesse venderia todo o tesouro imperial para acabar com a pobreza no Nordeste. A perpetuação da monarquia imperial poderia ter trazido bons frutos para o Brasil de hoje, com menos desigualdade, maior espírito progressista, e desenvolvimento econômico mais equilibrado. Alguns períodos escuros da política poderiam ter sido evitados, como o regime militar, e partidos baseados em ideologias teriam menos força. Em 1993 houve um plebiscito feito pelo presidente Itamar Franco, no qual a população iria escolher entre monarquia e república, 30% dos votantes não compareceram ao plebiscito ou anularam o voto. Dos que comparecem às urnas, 66% votaram a favor da república, contra 10% favoráveis à monarquia. O presidencialismo recebeu 55% dos votos, ao passo que o parlamentarismo (o sistema da preferência de Itamar Franco) obteve 25% dos votos. Em função dos resultados, foi mantido o regime republicano e presidencialista. Outra grande fonte positiva em favor da monarquia são alguns dos atuais países monárquicos entre os mais desenvolvidos do mundo, como a Suécia, Inglaterra e Japão.
Então caro leitores, qual a sua opinião sobre o sistema político mais adequado para o Brasil? Como seria hoje se a monarquia tivesse continuado, seria um país melhor ou pior?
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Parabéns pela iniciativa em abordar está temática que faz referencia a um momento tão obscuro e cheio de contradições na História do Brasil.
O texto faz uma análise ingênua e superficial sobre este momento e na maior parte das vezes falta rigor na interpretação histórica. Assinalando somente os aspectos que o autor entende como positivos e não assinala os negativos. Mesmo se tratando de uma produção sem fins científicos o autor poderia abordar o tema com imparcialidade literária e histórica e concluir citando monarquias que de certa forma obtiveram êxito e as que não seguiram no mesmo caminho. Para enriquecer o texto e levar o leitor a uma reflexão poderia também assinalar as atuais monarquias que sobrevivem “capengando” e que estão próximas a deixar de existir e sobre o acumulo patrimonial armazenados pelas monarquias ao longo do tempo com os impostos dos “plebeus”.
Um abraço!