O italiano Cesare Battisti teve seu pedido de liberdade aceito em São Paulo quando foi alegado que sua prisão ia em contra uma decisão do presidente da República que só pode ser alterada pelo Supremo Tribunal Federal. Ele saiu da cadeia acompanhado do secretário municipal de Direitos Humanos de São Paulo, Eduardo Suplicy.

Ex-integrante do PAC (Proletários Armados pelo Comunismo) grupo considerado terrorista na Itália no fim dos anos 70. O ex-ativista é considerado culpado e cúmpplice do assassinato de quatro pessoas (um militante, um carcereiro, um policial e um joalheiro) e foi condenado à prisão perpétua pela Justiça da Itália, em 1988. Depois da sentença, ele fugiria para a França onde teve seu pedido de extradição autorizado em 2004, mas antes que a sentença fosse cumprida ele viajou para o Brasil, onde chegou em 2007.

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Eduardo Suplicy e Cesare Battisti em janeiro de 2013.

 

 

Em 2010, o Supremo Tribunal Federal decidiu pela sua extradição conforme parecer do ministro Gilmar Mendes, mas com a recomendação de que a decisão final fosse do presidente da República. No último dia de 2010, Lula seguiu parecer da Advocacia Geral da União (AGU), negando a extradição, alegando que isso agravaria a situação de Battisti.

Desde então, o italiano vive com a mulher e a filha como escritor