O Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social (BNDES) vai financiar em 46% o novo empréstimo de emergência às distribuidoras brasileiras de energia eléctrica.

Segundo os media locais, o crédito de emergência de 3,72 mil milhões de euros, concedido pela banca às distribuidoras em Abril, só foi suficiente para cobrir o ‘buraco’ de um único mês.

Como os bancos estão hesitantes em libertar um novo crédito, as empresas – entre as quais está a Escelsa, participada da EDP Energias do Brasil – já ameaçaram rever em alta a factura da luz em caso de não receberem apoio. O cenário de subida da electricidade, em ano de eleições presidenciais, acelerou a intervenção do governo, que através do BNDES ordenou a entrada na segunda linha de crédito.

Segundo Romeu Rufino, director-geral da Agência Nacional de Energia Eléctrica (ANEEL), o problema é que existe um forte diferencial entre os preços a que têm que vender a energia nos contratos a longo prazo e os elevados valores a que têm que comprar a electricidade no mercado. Os críticos notam que, como o BNDES tem contraído empréstimos subsidiados junto do Tesouro, a operação representa um apoio do Estado a empresas privadas.

 

FONTE: Diario Econômico