Uma briga que se estende por quase duas décadas impediu a produção de um filme sobre a vida da artista brasileira mais reconhecida em Hollywood. Carmen Miranda ficou famosa em todo o mundo cantando O que é que a baiana tem, com um cacho de bananas na cabeça. Porém, sem dúvida, ela foi muito mais do que isso. Um filme que mostraria a saga dessa luso-brasileira, conhecida como a maior das baianas, ficou emperrado no tempo – há 17 anos – devido a uma disputa judicial entre a família de Carmen e a produtora Rio Vermelho — de Paula Lavigne e Renata de Almeida Magalhães.

A produtora adquiriu exclusividade sobre os direitos biográficos da artista, na época acertado em 200 mil dólares. Em 2006, antes de realizar o último pagamento, a produtora alegou que o valor estava acima do mercado. A disputa foi a juízo, o qual a família ganhou em todas as instâncias. Devido ao novo marco legal sobre biografias – aprovado em junho pelo Supremo Tribunal Federal (STF) – a produtora não precisaria mais pagar para realizar o filme, já que qualquer um pode fazer o filme, segundo a nova lei. Porém, a produtora pretende entrar em um novo acordo com a família, tendo a aprovação da mesma. Carmen é a única latino-americana a ter as mãos gravadas na Calçada da Fama.

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