Produção australiana, esse é o quarto filme Mad Max, o primeiro foi lançado em 1979, o segundo em 1981, o terceiro em 1985, todos com Mel Gibson, e finalmente o quarto, Mad Max- A fúria na estrada, 36 anos depois da primeira versão. Estrelado por Tom Hardy, ator britânico de 37 anos, senti falta do querido Mel, mas que já não tem idade para esse papel tão perigoso e exigente fisicamente, já que ele sempre recusou dublês. Hardy tinha apenas 2 anos quando o primeiro filme foi lançado. A trilogia com Gibson tem uma legião de fãs, são filmes de culto, de veneração, vamos ver a reação desse pessoal que cultua a obra do diretor e roteirista George Miller, criador de Mad Max. O filme foi rodado no deserto da Namíbia.

Para quem não conhece Mad Max, a história acontece em um mundo pré- apocalíptico, caótico e sem lei, a barbárie instaurada, escassos meios de sobrevivência: tudo areia, acabou a vegetação, insetos e animais, água, alimentos, combustíveis, tudo muito escasso e existe uma guerra entre as pessoas para dominar o pouco que existe. Tudo isso culpa do próprio homem que destruiu o planeta que vive. Em 1979, o roteiro devia ser mais original, agora é algo bastante mastigado, mas mesmo assim é um filmaço. Quase precisei de um Lexatin quando saí do cinema. É forte, intenso, ação sem parar, porrada, tiros, explosões e uma fuga interminável. Duas horas que passaram muito rápido. Abstenham- se pessoas sensíveis, que não gostam de emoções fortes.


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Mad Max (“Max louco”), que pareceu personagem secundário nesse filme.


 O filme é uma sequência. O personagem tem insights, recordações de cenas, que aconteceram em filmes anteriores. Tenho que dizer, que Charlize Theron roubou completamente o protagonismo de Tom Hardy. Ela está simplesmente F A N T Á S T I C A! Merece um Oscar. Um não, dois! Charlize ficou irreconhecível, cabeça quase raspada e cabelo preto, falta- lhe um braço, sua atuação é de tirar o fôlego. Ela, quer dizer, seu personagem “Furiosa”, foi sequestrada quando era criança pelo terrível “Immortan Joe”(Hugh Keays-Byrne), ela trabalha para o malvado Immortan como motorista de um caminhão de guerra e usa um braço mecânico. Furiosa decide salvar algumas poucas mulheres saudáveis com uma genética normal e que foram escravizadas por Immortan para que sejam as mães dos seus filhos. E partem rumo a um lugar que elas supõem que exista algo de verde, de natureza. Essas mulheres são a esperança de que a Terra possa renascer.


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“Furiosa”, Charlize irreconhecível!


 Poucos habitantes desse mundo devastado têm uma genética normal, a maioria sofre deformações e problemas graves de saúde, muitos têm a aparência monstruosa, resultado de possíveis ataques nucleares, radioativos. Immortan Joe conseguiu formar uma espécie de seita, as pessoas acreditam nele, porque as fez acreditar que ele ressurgiu dos mortos e que seus seguidores morrem, mas também poderão voltar. O antagonista vende a imortalidade. Ele é cruel, muito cruel…tem uma fonte de água, mas raciona ao máximo, não libera para a população que vive moribunda.


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Immortan Joe, ele precisa de uma máscara para respirar.


 Immortan criou seu exército de homens modificados geneticamente, eles têm a pele muito branca e precisam de transfusões de sangue para sobreviver, Mad Max foi capturado para ser o banco de sangue de um deles, “Nux” (Nicholas Hoult), teve bastante destaque no filme. O exército de Immortan é como os terroristas islâmicos, que acham que vão morrer e ir para alguma espécie de paraíso. Não sei se a semelhança foi intencional.


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“Nux”, excelente atuação do ator britânico Nicholas Hoult, de apenas 25 anos.


Uma coisa que achei que destoou da estética e figurino do filme, não foi uma escolha feliz: as moças que fogem do vilão estão vestidas como ninfas, belas e limpas. Aonde conseguiram aquelas roupas num mundo onde nada existe? Outra coisa: as armas. Aonde conseguem tanto armamento se não existe nada mais no mundo? E os carros e as peças?  É certo que Immortan tem um exército de escravos que trabalham para ele, cultivam sua horta, mas ser auto- suficiente para fabricar armas…não colou. Mas vou relevar, apesar disso, gostei muito.

 Trailer em português (gostei mais do espanhol, escolheram melhores cenas):

O diretor já anunciou que se esse filme fizer sucesso vai ter mais dois. Então vem Mad Max por aí.

Recomendadíssimo! Acho que vai ser o filme do ano. Aproveita o fim de semana e vá assistir! Ah, nos cines Yelmo do centro comercial Plenilunio em Madri existe a versão original (com legendas), prefiro ouvir a voz dos atores. Na Espanha, normalmente, os filmes nos cinemas são dublados, mas essa tendência começou a mudar. No próximo post vou deixar uma lista de cinemas em Madri com versão original.

Bom fim de semana!