O ramo da Al Qaeda no Norte da África reivindicou a emboscada de hoje (3) no Norte do Mali, na qual morreram pelo menos seis militares da força de manutenção de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) no país.

A reivindicação do grupo denominado Al-Qaeda no Magrebe Islâmico, que reclama a morte dos soldados da Minusma (sigla da missão da ONU no Mali), foi divulgada pela agência de notícias da Mauritânia, Al-Akhbar.

Segundo a ONU, 35 soldados da Minusma foram mortos em combate desde o início da operação, em 2013, sem incluir o ataque de hoje, fazendo do Norte do Mali, na África Ocidental, a zona de conflito mais perigosa do mundo, na atualidade, para as forças das Nações Unidas.

A área desértica do Norte do país, de dimensão comparável à França, tem sido palco de violência por parte de grupos extremistas, que aproveitaram a rebelião tuaregue de 2012 para se instalar no território.

Grupos rebeldes tuaregues reclamam a independência da região, sendo a rebelião de 2012 a quarta desde 1960 – ano da independência do Mali, antiga colônia francesa.

Os extremistas aproveitaram-se da instabilidade causada pela revolta pela independência, que havia conseguido expulsar as forças governamentais do Norte do país. Eles expulsaram os tuaregues e assumiram o controle da área, mas a França interveio militarmente, no ano seguinte, com ajuda de outros países da região.

Apesar do sucesso da operação multinacional, células terroristas continuam ativas na área.

As eleições, em julho e agosto de 2013, também não resolveram os conflitos no país e, além dos extremistas, os tuaregues e milícias pró-governo têm protagonizado ações violentas, cuja intensidade tem aumentado.

10922413w

Com informações da Agência Brasil

Por: Agência Lusa – Agência Brasil

Conteúdo publicado sob a Licença Creative Commons Atribuição 3.0 Brasil

( Texto retirado na íntegra )