Acordo assinado na última semana entre a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e a Associação Brasileira de “Angus” determina que as carnes brasileiras, só poderão estampar os rótulos de raça do animal se obedecerem a rígidos procedimentos de controle genético e de registro.

Atualmente, apenas as carnes bovinas da raça “Angus” cumprem esses requisitos, e conforme as entidades do setor, o novo protocolo trará segurança para o consumidor e estimulará as exportações de carne de qualidade.

Informações sobre a procedência dos animais ficarão armazenadas na Plataforma de Gestão Agropecuária (PGA), banco de dados sobre o agronegócio brasileiro criado em 2009 por meio de parceria público-privada entre a CNA e o Ministério da Agricultura.

Esta plataforma centraliza as informações que antes estavam armazenadas em cada estado e não eram interligadas. O Serviço de Inspeção Federal fiscaliza os procedimentos de registro e a autenticidade dos dados.

Circular do Ministério da Agricultura editada em fevereiro definiu critérios mais rígidos para o registro de rótulos com indicação de raça bovina. Agora, o produtor que quiser certificar a origem da carne precisa estar vinculado a uma associação de raça e deve obedecer aos protocolos determinados por ela. Depois dos produtores de carne da raça “Angus”. As associações das raças “Nelore Natural” e “Wagyu” devem ser as próximas entidades a aderirem ao novo sistema.

O fato é que a falta de uma legislação específica para a rotulagem de cortes de carne de raça impedia o Brasil de exportar carnes de qualidade para a União Europeia. O protocolo é a ponta de lança para que o país saia de mero exportador de carne para vendedor de carne com certificação de raça.

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