Operação geral satisfez Comitê Local, mas falhas foram detectadas no único jogo antes da abertura da Copa
Não foi como a Fifa e o COL (Comitê Organizador Local) da Copa do Mundo esperavam. Mas, de um modo geral, o único evento-teste da Arena Corinthians antes da abertura da Copa do Mundo agradou os organizadores do torneio. O gramado resistente à tempestade que caiu em Itaquera em boa parte do jogo entre Corinthians e Figueirense e o sistema de iluminação usado em todo o segundo tempo, agradaram.
A nota de preocupação ficou por conta dos camarotes inacabados e um ponto cego detectado em arquibancadas do prédio oeste, reservada neste domingo para a imprensa, mas que na Copa terá torcedores. As bancadas para profissionais de rádio montadas no segundo lance de arquibancadas impediram que quem estivesse nas cadeiras laterais visse uma boa parte da lateral do lado oeste e a bandeirinha de escanteio. O COL disse que as bancadas para a Copa serão diferentes e, por isso, não há preocupação.
Outro teste que ficou aquém do esperado foi do sistema do som. Apesar da potência dos alto-falantes espalhados por toda a cobertura do estádio, houve uma falha logo no início da partida. Na execução do hino nacional, os times estavam perfilados e algumas das caixas de som estavam com ruídos e chiados que comprometeram o teste do aparelho.
A Fifa tem como uma das suas patrocinadoras principais a Sony, que antes e durante os jogos da Copa oferece uma barulhenta sequência de músicas de seus artistas. O teste ruim no jogo força a administração do estádio a reparar o erro. Com 25 dias da Copa, considera-se que o tempo é suficiente.
O próprio COL reconheceu na terça-feira que não esperava que tudo transcorresse às mil maravilhas. A Fifa passa a controlar o estádio na terça-feira, dia 20, quando poderá fazer novos testes. O primeiro jogo da Copa será em 12 de junho entre Brasil e Croácia.
Acesso ao estádio é ponto positivo
Entre os fatores positivos da inauguração, destaque para a adesão ao transporte público. Cerca de 90% dos torcedores foram à arena de metrô ou de trem e seguiram as recomendações específicas do trajeto que deveriam fazer. Os problemas registrados foram uma goteira decorrente da tempestade, dificuldades técnicas em um elevador e as falhas na orientação aos veículos que tinham estacionamento autorizado no estádio.
“Atendeu a expectativa. Evidentemente, não funcionaria 100%, mas é para isso que servem os testes. Estamos satisfeitos com a operação de nossas equipes. Agradeço muito aos voluntários, foram mais de 300 e estamos muito contentes. Alguns detalhes são de bastidores, como a chegada do ônibus ao vestiário, do jeito que será feito na Copa, a manobra para sair. Parece detalhe, mas é muito importante para nós”, afirmou o gerente de integração operacional do COL, Thiago Paes.
FONTE: IG
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