O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou recentemente, através da pesquisa “Indicadores de Desenvolvimento Sustentável (IDS) que o uso de agrotóxicos na agricultura brasileira mais do que dobrou entre os anos de 2002 e 2012.

De acordo com os “IDS”, o uso de agrotóxicos saltou de 2,7 quilos por hectare (kg/ha) em 2002 para 6,9 quilos por hectare em 2012, uma variação de cerca de 155%.

O IBGE relata que os produtos mais usados em 2012 são os considerados perigosos ou muito perigosos, com 64,1% e 27,7% do total de produtos comercializados naquele ano.

Os herbicidas foram os agrotóxicos mais comercializados no período, com 62,6% do total de vendas, seguidos pelos inseticidas, com 12,6%, e pelos fungicidas, com 7,8%.

O uso de agrotóxicos por área foi maior na Região Sudeste, com 8,8 quilos por hectare, e o estado de São Paulo foi o que fez o uso mais intenso em 2012, com 10,5 kg/ha. O segundo estado com maior uso de agrotóxicos é Goiás, com 7,9 kg/ha, e o terceiro Minas Gerais, com 6,8 kg/ha.

O menor uso de agrotóxicos foi verificado no Amazonas e no Ceará, onde o valor é menor que 0,5 kg/há.

Com tanta tecnologia e evolução da ciência nos dias de hoje, o mínimo que se poderia esperar é que ao invés de se utilizarem cada vez mais agrotóxicos na agricultura, que acontecesse exatamente o inverso. Infelizmente, não é o que mostra a pesquisa. Quem poderá nos defender?

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