A Associação Brasileira de Combate ao Contrabando (ABCF) – entidade sem fins lucrativos que atua contra o contrabando, e denuncia a existência no mercado, de produtos adulterados, aos órgãos governamentais de fiscalização – calcula um aumento de 34% em termos de produtos contrabandeados para o país, nos últimos 12 meses.

O dado é baseado num comparativo com o mesmo período do ano anterior levando-se em consideração o balanço das operações de combate a este tipo de crime. Ao todo ocorreram 1200 operações da entidade em conjunto com a Polícia Civil.

São Paulo é o destino da preferência dos contrabandistas, que pela ordem agem ainda em maior incidência: no Paraná, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Goiás, Pará e Rio de Janeiro.

O balanço da ABCF aponta 436 operações tendo como resultado a apreensão de mais de 650 mil maços de cigarros e 1,3 milhão de peças de roupas. No segmento de luxo (bolsas, óculos e assessórios) foram 10 mil artigos apreendidos.

Também acabaram na lista de apreensões: 3.500 unidades de charutos; 20 mil rolos fios e cabos elétricos; 10 toneladas de autopeças; e 20 mil unidades de cerveja e bebidas.

Com as fronteiras do Brasil sem uma fiscalização adequada, e condições impróprias para o trabalho – fora o déficit de servidores para o desempenho da função – fica difícil controlar o contrabando.

São milhões de reais em tributos perdidos, por isto, está na hora das autoridades fazerem a lição de casa. Para suprir a falta de servidores neste controle fundamental, sugiro que os governantes e os Legislativos – liberem grande parte de seus inúmeros cargos de confiança para a atividade, e ao mesmo tempo valorizem o funcionalismo público – repassando o mesmo aumento salarial que aprovaram para eles mesmos – muito maior em termos percentuais, do que para qualquer outro trabalhador brasileiro..
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