O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deve encolher 1% em 2015, conforme previsão do Instituto Internacional de Finanças (IIF, na sigla em inglês), formado pelos maiores bancos do mundo.

Para 2016, o IIF prevê recuperação da atividade, com expansão de 1,1% no PIB brasileiro, e embora as dificuldades em conduzir o ajuste econômico, o Instituto avalia que ele é essencial para garantir uma recuperação mais sustentável da economia verde e amarela, futuramente.

Esta projeção inferior para o Brasil em 2015 reflete o ajuste fiscal que vem sendo feito pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que inclui corte de gastos e alta de impostos, além da elevação dos juros pelo Banco Central visando conter a inflação, relata o IIF.

Entre os riscos: um eventual racionamento de energia elétrica e de água, por causa da forte seca no Brasil, e a possibilidade de piorar ainda mais a atividade econômica, já que o racionamento poderia reduzir o crescimento brasileiro em 0,5%.

O Instituto espera que o Banco Central continue elevando os juros nas próximas reuniões de política monetária para conter a inflação, e com isto, a previsão é de que Selic seja elevada até 13% em 2015. Para o câmbio, a aposta é de um real ainda mais fraco ante o dólar, pois o programa de “swap” cambial do BC “provavelmente vai ser gradualmente reduzido” neste ano.

Em função disto, os economistas do IIF ressaltam a piora da confiança dos brasileiros e citam a queda da popularidade da presidente Dilma Rousseff, em meio ao escândalo gerado pelas denúncias de corrupção na Petrobras e medidas mais duras na economia.

Ou seja, não querendo ser pessimista, enquanto as atenções fora do país apontam para uma dura realidade em que vivemos no quesito econômico, internamente, ainda vigora o insistente discurso que tudo está indo cada vez melhor, e o país continua em crescimento inabalável…

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