Ora, nobre povo brasileiro. Pode parecer ironia, mas fiquei surpreso com a decisão da Mesa Diretora da Câmara Federal brasileira que revogou a autorização de compra de passagens aéreas para cônjuges de deputados – que havia sido aprovada (por eles mesmos) recentemente, e liberava os eleitos pela população verde e amarela, a utilizar o valor de sua cota para pagar a passagem aérea de maridos ou esposas, desde que o trajeto fosse entre o estado de origem e Brasília.

Pelo visto “caiu a ficha” e, a tempo, se deram conta – quanto ia custar caro nas próximas eleições, esta “pequena regalia” que se presentearam, mas sinceramente, nunca pensei que revogariam, afinal, o exemplo de outras legislaturas aponta o plenário normalmente vazio em dias de sessão, e sendo assim, não iria gerar tanto custo…

É importante ressaltar que PT, PSDB, PSOL e PPS garantiram que abririam mão da prerrogativa, tão logo esta foi liberada.

Por outro lado, se fala que a mesma Mesa Diretora da Câmara Federal já pensa em voltar atrás (o que pode ter acontecido enquanto o leitor/a aprecia esta coluna) em relação ao reajuste de verbas parlamentares incluindo a de gabinete, que passa de R$ 78 mil para R$ 92.053 mensais. O auxílio-moradia subiu de R$ 3,8 mil para R$ 4,2 mil. Além desses, o chamado “cotão” (verba indenizatória) teve reajuste de 8%, passando de R$ 27.977,26 para R$ 30.215,44, o menor valor recebido por deputados, no caso os do Distrito Federal. O maior é destinado aos deputados de Roraima e passará de R$ 41.612,80 para R$ 44.941,62.

Resumo da ópera: chegam a ser “bizarras” certas decisões tomadas por políticos quando chegam ao Poder ou se perpetuam nele. A verdade é que em tempos de recessão e extrema dificuldade para a sociedade canarinho – que se indignou e protestou nas redes sociais, não se concebe mais, atitudes como esta – fora da realidade. Começou a “piscar” a luz vermelha para possíveis reeleições num próximo mandato…

Avião