A Organização das Nações Unidas (ONU) e o governo brasileiro abriram oficialmente, na quarta-feira (22) em Brasília, a “Década Internacional de Afrodescendentes”, que se estende até 2024.

O lançamento ocorreu no “Festival da Mulher Afro-Latino-Americana e Caribenha (Latinidades)”, considerado o maior evento do gênero envolvendo mulheres negras da América Latina – criado em 2008 para comemorar o “Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha”, celebrado em 25 de julho (amanhã). Neste ano, o tema é “Cinema Negro”

Uma pesquisa do Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro mostra que as mulheres negras são minoria no cinema nacional. Entre 2002 e 2012, representaram 4% das atrizes dos 218 filmes nacionais campeões de bilheteria. Nenhum deles teve mulheres negras na direção ou no roteiro.

Entre os participantes do “Latinidades” estão as cantoras Elza Soares, Tássia Reis e Folakemi, a professora da Universidade de Drexel, nos Estados Unidos, Yaba Blay; a premiada roteirista de televisão, teatro e cinema, além de produtora executiva de aclamadas séries televisivas, a norte-americana Kathleen McGhee Anderson, e a companhia teatral Os Crespos.

A década consta na Resolução 68/237 da Assembleia Geral da ONU e tem como objetivo promover o respeito, a proteção, os direitos humanos e liberdades fundamentais dos povos afrodescendentes, como reconhecidos na Declaração Universal dos Direitos Humanos.

IDPAD-Logo-ALL-languages-16-Oct-2014_Outline_small-460x242