O Ministério Público do Trabalho do Rio de Janeiro (MPT/RJ), em parceria com instituições e entidades, lançou na última semana, a primeira de uma série de campanhas contra o trabalho infantil. Duas peças publicitárias com os atores Wagner Moura e Priscila Camargo enfatizam que uma em cada dez crianças no mundo trabalha, e que no Brasil mais de 3 milhões, entre 5 e 17 anos de idade, são exploradas, e por isto, a convocação para que os cidadãos denunciem ações do gênero através do Disque100.

Também participam da campanha o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 1ª Região, o Movimento Humanos Direitos (MhuD) e o Fórum Estadual de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção ao Trabalhador Adolescente do Rio de Janeiro (Fepeti-RJ), que integra órgãos públicos e entidades não-governamentais.

Segundo consta, de olho nas Olimpíadas do ano que vem, esse é o pontapé inicial para uma série de campanhas que terão continuidade até os jogos de 2016.

A ideia é sair do ambiente fechado dos tribunais e das instituições e ir para a rua, mobilizar a sociedade para combater esse problema, principalmente, pelo fato de que em eventos de grande porte há risco efetivo de exploração de crianças e adolescentes.

No Dia Mundial contra o Trabalho Infantil, 12 de junho será lançada a Campanha “Trabalho Infantil, eu Combato”, pela Fepeti e a Secretaria Estadual de Educação. A campanha será levada aos campos de futebol pelas equipes do Flamengo, Fluminense e Botafogo. Os jogadores entrarão em campo com faixas ou camisetas alusivas à data.

A articulação com entidades e cidadãos pode tornar possível cumprir a meta do Brasil de erradicar o trabalho infantil até 2020, como acordado com outros países e a Organização Internacional do Trabalho (OIT). Dados não oficiais apontam que cerca de 200 mil crianças e adolescentes exerçam algum tipo de trabalho no Rio de Janeiro.

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