Mais um protesto pedindo o “impeachment” da Presidenta Dilma foi às ruas na tarde de ontem (12), e na Fronteira do Brasil com a Argentina, em Uruguaiana (RS), não foi diferente, no entanto, um fato chamou a atenção de todos…
Inicialmente dezenas de manifestantes fizeram uso da palavra no coração da cidade, depois seguiu-se uma caminhada pelos pontos centrais do município, e aí veio a ação diferenciada.
Cerca de 450 pessoas se dirigiram ao monumento denominado “Obelisco” para o encerramento de um protesto que durou 2h 30min e sob forte emoção cantaram os hinos Uruguaianense, Riograndense e o Brasileiro.
O destaque ficou por conta do ponto escolhido para a demonstração cívica, pois exatamente ali – Dom Pedro II recebeu a espada do Coronel Estigarríbia, quando os paraguaios renderam-se às tropas da tríplice aliança (Uruguai, Brasil e Argentina), em 1865. Naquele mesmo local foi assinado o tratado da amizade com a Grã-Bretanha firmado por Dom Pedro II e o ministro Thornton.
Ao longo da concentração, os manifestantes entoavam palavras de ordem contra a Presidenta e o PT – e não pouparam críticas quanto a situação econômica do país, alta de juros, inflação, desemprego, corrupção e futuro incerto.
O balanço dos organizadores foi positivo, mesmo com uma redução no número de participantes. Um dos porta-vozes do grupo, o advogado Eric Lins foi taxativo ao dizer que “a redução do número de pessoas (no primeiro ato vieram cerca de 2 mil e neste 450 participantes) é natural e não significa que aqueles que não estiveram presentes tenham mudado sua posição. O que acontece é um fenômeno que já esperávamos pois as pessoas sentem o desgaste e até preferem mesmo inconformadas com a situação permanecer apoiando o movimento nas sacadas dos prédios ou afastadas das ruas. Não é porque não acompanharam fisicamente, que estejam satisfeitas com o que está acontecendo no Brasil. O trabalho que fizemos em equipe para reunir centenas nas ruas foi incansável, mas extremamente positivo e compensador”, analisou o advogado.
Numa avaliação geral dos organizadores do ato realizado ontem, a agropecuarista Stella Luzardo Alves, e o acadêmico de Direito João Antônio Machado Job concordam com Eric Lins, “quanto a ter sido um trabalho incansável, mas compensador pelos resultados obtidos, e que se pôde comprovar nas ruas, com o único objetivo de ver Dilma e o PT, fora do comando do Brasil”, concluem.
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