Informações do Banco Central (BC) dão conta, que os brasileiros depositaram, em outubro, R$ 540 milhões a mais do que retiraram da caderneta de poupança em outubro, o que representa a menor entrada líquida de dinheiro para meses, desde o ano de 2008.

Os depósitos na caderneta somaram R$ 144,2 bilhões, enquanto os saques chegaram a R$ 143,6 bilhões, sendo que o total nas contas passou de R$ 643,4 bilhões, em setembro, para R$ 647,5 bilhões, em outubro. Já, o volume dos rendimentos creditados nas cadernetas dos investidores chegou a R$ 3,5 bilhões.

Com a elevação da taxa Selic (juros básicos da economia) para 11,25% ao ano, agora, o pequeno poupador terá que analisar com cautela, qual o investimento mais rentável para o seu dinheiro.

 

Conforme a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), a alta dos juros básicos manteve os fundos de investimento mais atrativos do que a caderneta, na maioria das simulações, mesmo com a poupança não pagando impostos, nem taxas de administração.

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A Anefac entende que apenas nos casos em que os fundos de investimento cobram altas taxas de administração – a partir de 2,5% ao ano -, a poupança torna-se mais interessante. No caso de taxas em 2% ao ano, a caderneta só rende mais do que os fundos em aplicações de até 12 meses.

Em taxas de administração de 1,5%, a poupança ganha apenas se o dinheiro ficar aplicado no máximo seis meses, e nos fundos com taxa de até 1% ao ano, a caderneta perde em todas as simulações.

Pela regra atual, quando a taxa Selic é maior que 8,5% ao ano, a poupança rende 0,5% ao mês (6,17% ao ano) mais a taxa referencial (TR), uma taxa variável. A fórmula está em vigor desde agosto de 2013, quando a Selic foi reajustada para 9% ao ano.

Sempre que os juros básicos da economia forem iguais ou inferiores a 8,5% ao ano, a caderneta rende 70% da taxa Selic mais a TR.