O Ministério da Saúde divulgou, recentemente, dados preocupantes em relação a “Dengue”, onde o indicativo aponta que 533 localidades brasileiras se apresentam em situação de alerta e 117 correm risco de registrar uma epidemia da doença.

A situação de alerta diz respeito a cidades que apresentam larvas do mosquito entre 1% e 3,9% dos imóveis pesquisados, enquanto as que se enquadram em termos de risco registram índice superior a 3,9%.

O Levantamento “Rápido do Índice de Infestação pelo Aedes aegypti (Liraa)” aponta que dez capitais brasileiras apresentam situação de alerta para a dengue: Belém, no Pará; Porto Velho, em Rondônia; Maceió, em Alagoas; Natal, no Rio Grande do Norte; Recife, em Pernambuco; São Luís, no Maranhão; Aracaju, em Sergipe; Vitória, no Espírito Santo; Cuiabá, em Mato Grosso e Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.

As capitais: Boa Vista, em Roraima; Manaus, no Amazonas; Palmas, no Tocantins; Rio Branco, no Acre; Fortaleza, no Ceará e Salvador, na Bahia – ainda não haviam apresentado os resultados do levantamento ao ministério, até o fechamento desta edição.

De 124 municípios do Norte, que participaram do levantamento, 52 estão em situação de alerta e 17 em situação de risco. O principal problema para a transmissão da doença na região é o lixo nos domicílios, como garrafas, pneus, latas e qualquer outro objeto que possa acumular água de chuva.

Na Região Nordeste do país, o Ministério detectou que o principal problema para a transmissão da doença é o armazenamento incorreto de água. Dos 727 municípios que responderam ao levantamento, 354 estão em situação de alerta e 96 em situação de risco.

Em termos de Sudeste, 426 municípios participaram do levantamento e 90 se enquadram em situação de alerta. Apenas uma em situação de risco. Na região, a transmissão da doença acontece principalmente por depósitos domiciliares, que incluem pratos de vasos de planta, vasilhas de água de cães e gatos, além de calhas entupidas.

Na Região Centro-Oeste, o Ministério da Saúde também detectou como principal problema para a transmissão, o armazenamento incorreto de água. Ao todo 134 municípios participaram do levantamento, onde 20 estão em situação de alerta e um, em situação de risco. Já na Região Sul, a transmissão ocorre principalmente pelo lixo nos domicílios. O Ministério fez o levantamento com 52 municípios: 17 estão em situação de alerta e dois em situação de risco.

094653_crop

Os sintomas da Dengue Clássica são: Febre alta com início súbito; Forte dor de cabeça; Dor atrás dos olhos, que piora com o movimento dos mesmos; Perda do paladar e apetite; Manchas e erupções na pele semelhantes ao sarampo, principalmente no tórax e membros superiores; Náuseas e vômitos; Tonturas; Extremo cansaço; Moleza e dor no corpo, e ainda, Muitas dores nos ossos e articulações.

No caso da Dengue Hemorrágica, os sintomas são iguais aos da dengue comum, com a diferença que ocorre quando acaba a febre, e começam a surgir sinais de alerta como: Dores abdominais fortes e contínuas; Vômitos persistentes; Pele pálida, fria e úmida; Sangramento pelo nariz, boca e gengivas; Manchas vermelhas na pele; Sonolência, agitação e confusão mental; Sede excessiva e boca seca; Pulso rápido e fraco; Dificuldade respiratória e Perda de consciência. O quadro clínico se agrava rapidamente e a pessoa pode vir a óbito em até 24h.