A Controladoria Geral da União (CGU) divulgou que nos últimos 11 anos, 3.370 servidores federais foram expulsos por envolvimento em corrupção ou improbidade administrativa, enquanto 1.107 perderam o emprego por abandono, pela falta de assiduidade, ou acumulação ilícita de cargos.

Também existem casos como: o não comprometimento em cumprir a atividade que deveria exercer, e a participação em gerência ou administração de sociedade privada, o que configura conflito de interesses.  Somando-se todas as situações de dispensas por alguma irregularidade, o número chega a cinco mil.

No período, foram registradas 4.199 demissões de servidores efetivos; 451 destituições de ocupantes de cargos em comissão e 350 cassações de aposentadorias, no entanto, os dados se referem apenas aos servidores públicos propriamente ditos, ou seja, regidos pela Lei 8.112/90, não incluindo os dispensados ou demitidos de empregos públicos em empresas estatais. Os Ministérios que registraram maior incidência de expulsões foram: o da Previdência Social, Justiça e da Educação.

Autoridades entendem que a questão não representa um aumento no número de ilícitos, mas sim o aumento de eficiência do sistema de controle, além do aprimoramento de pessoal e maior capacitação de recursos humanos nas unidades de corregedorias nos diversos órgãos.

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Em termos percentuais, se levarmos em consideração a totalidade dos servidores ativos, Amazonas (2,13%), Mato Grosso (1,86%) e Rondônia (1,81%) foram os estados que registraram o maior número de servidores expulsos. Numericamente, Rio de Janeiro, com 859 casos, Distrito Federal (638) e São Paulo (507), foram unidades da federação que mais registraram casos desse tipo desde 2003.

Dependendo da infração, o servidor não poderá ocupar cargo público por cinco anos e ficará inelegível por oito anos. Nos casos mais graves, os direitos políticos são suspensos, os bens indisponibilizados, exigida a devolução ou ressarcimento dos prejuízos ao Erário, e até exclusão definitiva para nova atuação no serviço público.