Aproveitando o “clima” de “Momo” que se instala em solo verde e amarelo buscamos um pouco da história deste evento pelo mundo, e trazemos um resumo quanto ao carnaval, que não é comemorado somente no Brasil, mas em boa parte do planeta, sendo os principais festejos do gênero: no Reino Unido, Estados Unidos, Alemanha, Itália, Espanha e em Portugal.

No período do carnaval brasileiro, acontece, no Reino Unido, o “Shroveitide” (“Shrive” que significa confessar ‘pecados’), que é a comemoração do carnaval britânico. Nos Estados Unidos, a festa se concentra basicamente, na celebração do “Mardi Grass” (Terça-Feira Gorda), e vários estados celebram o carnaval. O Estado mais tradicional na comemoração é New Orleans, onde, durante o “Mardi Grass”, desfilam pelas ruas mais de 50 agremiações. A agremiação mais conhecida é a do “Bacchus” (que possui gigantescos e originais carros alegóricos).

Vilanova i la geltru

Em termos de Alemanha, a celebração do carnaval acontece tanto nos grandes centros urbanos quanto na Floresta Negra e nos Alpes. A atividade mais tradicional é a da cidade de Bonn, que organiza desfiles com pessoas fantasiadas; o diabo fica solto, por esse motivo as pessoas usam máscaras a fim de esconder seus rostos.

Por muito tempo o carnaval de Veneza (Itália) foi um dos mais fortes e alegres do mundo. Durante o período do carnaval eram desenvolvidos bailes e festas nas praças e ruas da cidade. Com o passar do tempo o carnaval de Veneza foi enfraquecendo, chegando a quase extinguir-se.

A Espanha, apesar de um país muito cristão, tem uma cultura arraigada na tradição dos carnavais em sua versão mais pagã e, assim como no Brasil, possuem diferentes carnavais. Cada povo tem seu festejo, suas diferentes formas de comemorar e brincar antes que a quaresma chegue. Os de maior destaque são: o de Vilanova i la Geltrú, na Cataluña; Entroido de Pontevedra, na Galícia; e o de Bielsa, em Aragón.

Um dos carnavais mais famoso de Portugal é o de Torres Vedras, conhecido como o mais português de todos, por conservar suas tradições sem copiar outros países. O de Alcobaça é o mais longo: dura 5 dias, não três, como os demais. Lá, o costume é que todos saiam de branco. Na Ilha da Madeira, os foliões se vestem com muitas cores, enquanto em Ovar, os carros alegóricos são os reis da festa.

No Brasil, o Carnaval chegou em meados do século XVII, sob a influência das festas carnavalescas que aconteciam na Europa. Em alguns países, como a França, o carnaval acontecia em forma de desfiles urbanos, ou seja, os carnavalescos usavam máscaras e fantasias e saíam pelas ruas comemorando.

Certos personagens têm origem europeia, mas mesmo assim foram incorporados ao carnaval brasileiro como, por exemplo, rei momo, pierrô, colombina.

A partir desse período, os primeiros blocos carnavalescos, cordões e os famosos cortejos de automóveis (corsos) foram criados, mas só se popularizaram no começo do século XX. As pessoas decoravam seus carros, fantasiavam-se e, em grupos, desfilavam pelas ruas das cidades, dando origem assim aos carros alegóricos. O carnaval tornou-se mais popular no decorrer do século XX e teve um crescimento considerável que ocorreu devido às marchinhas carnavalescas (músicas que faziam o carnaval ficar mais animado).

A primeira escola de samba foi criada no dia 12 de agosto de 1928, no Rio de Janeiro, e chamava-se “Deixa Falar”, anos depois seu nome foi modificado para Estácio de Sá. Com isso, nas cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo foram surgindo novas escolas de samba.

Organizaram-se em Ligas de Escolas de Samba e iniciaram os primeiros campeonatos para escolher qual escola era a mais bonita e a mais animada. A região nordeste permaneceu com as tradições originais do carnaval de rua, como Recife e Olinda. Já na Bahia o carnaval fugiu da tradição, conta com trios elétricos, embalados por músicas dançantes, em especial o axé.

Estácio de Sá a primeira escola de samba do Brasil