O PalomitaZ, blog de cinema que sai todas as sextas- feiras na Revista BrazilcomZ, saiu hoje no sábado, simplesmente porque eu esqueci que ontem era sexta- feira! KkkkkKKK…típico em mim, turma! Vamos nessa, vamos com um filme delícia, um dos melhores que assisti nos últimos tempos, “A família Bélier”.

familia_francesa

Você tem vergonha de chorar no cinema? Eu tenho, sei lá porquê. Se você for como eu, leva bastante lenço de papel, pois esse filme é bastante “chorável”. Ele me fez experimentar sensações que nunca senti vendo um filme antes. Éric Lartigau, o diretor, foi genial!

Essa é uma produção francesa, que conta a história de uma família: mãe, pai, filha mais velha e filho caçula. Vivem em um sítio no interior da França, fabricam queijo e depois vendem em uma feira. A moça tem 15 anos e leva uma vida típica de adolescente, exceto por uma coisa: ela serve de intérprete da linguagem de sinais para os seus pais e irmão, que são surdos- mudos. Ela é a única que fala e ouve na casa.

A menina entra no coro da escola e seu professor de música percebe que ela tem um dom especial, que canta muito melhor que os demais alunos e a convida para participar em um concurso de uma rádio importante de Paris. Caso passasse, ela teria que deixar sua cidade e ir para a capital francesa. Ela esconde dos pais e passa o filme inteiro nesse dilema, ” ir ou não ir”, como deixar seus pais sozinhos?

O filme inteiro é muito comovente, mas também tem uma parte de comédia. A postura do diretor ao apresentar personagens surdos- mudos, mas completamente integrados e auto- suficientes foi bonito de se ver.

Não quero contar o filme todo, mas quero contar a parte que a menina, enfim, decide ir fazer a prova. A música é belíssima. A letra caiu como uma luva para a história, para os seus pais. Ela cantou olhando para eles que não podiam ouvir, foi justamente essa parte que eu me desmanchei em lágrimas. Foi uma das coisas mais belas que assisti em um cinema. A moça é a única que tem voz na família, uma voz belíssima e sua família não pode escutar. Existe um momento que cortam o som e passamos a ser os pais da menina, que não entendiam nada, que não ouviam. Foi uma experiência intensa e angustiante colocar- se na pele de quem não ouve. Todo o meu carinho e admiração por essas pessoas que vivem a vida em silêncio.

Veja o trailer:

 Não deixe de ver esse filme, coloca na sua lista! Até a próxima sexta- feira (ou sábado, quem sabe!) com mais histórias de cinema pra vocês! Bom fim de semana!