PORTUGAL –  Em meio ao sucesso dos shows e da repercussão da entrevista concedida à emissora portuguesa RTP, Matogrosso ainda lançou o seu documentário Olho Nu (2012, Joel Pizzini), uma espécie de biografia em forma de película com recortes líricos sobre vida, obra e relações do artista – com ele mesmo, com os outros e com a natureza.

A exibição do filme foi uma iniciativa do Talk Fest Especial Edition, promovido na Universidade de Lisboa. A sessão contou com a presença do cantor e teve direito a um sessão de perguntas e respostas ao final do evento – realizado periodicamente, com o objetivo de debater os rumos da música e dos festivais em Portugal e no mundo. Entre questões relacionadas ao filme e a vida do cantor, contudo, ele voltou a ser questionado sobre o atual cenário político e social brasileiro e sobre a proporção da disseminação do seu discurso nas redes sociais.

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Em entrevista recente a RTP, você se posicionou d emaneira bastante crítica em relação ao atual cenário político e social brasileiro, cujo discurso foi amplamente disseminado nas redes sociais. Como você avalia essa repercussão?

“Eu não vim falar disso só aqui. Agora eu não estou entendendo o porquê da repercussão tão grande. Porque as coisas que eu falei estão diariamente nos jornais e nas televisões. Eu não estou inventando. Eu comentei a realidade do Brasil. E parece que ninguém sabia disso, que não sabemos disso no Brasil. Mas, sabemos. Todos nós sabemos a situação das favelas. Todos nós sabemos a situação dos negros no Brasil. Existe um preconceito muito grande. As cadeias só tem negros e pobres. Enquanto os bilionários malandros estão soltos”, conclui.

Ney Matogrosso e Marina Magalhães

Por: Marina Magalhães | Revista BrazilcomZ Portugal