Sexta- feira, 13, mas hoje não é dia de falar de terror e sim de amor: amanhã é o “Dia dos Namorados” na Europa (“San Valentín na Espanha), Estados Unidos, países da América Central e alguns da América do Sul como a Venezuela e o Uruguai. Para comemorar essa data com uma alta dose de romantismo, escolhi dez filmes com magia e encanto para assistir acompanhado(a) ou sozinho(a). Vamos lá:

1. Amélie (2001). Filme francês de Jean-Pierre Jeunet, ganhou o Oscar em 2002 como o melhor filme estrangeiro. Essa é a história de Amélie Poulain protagonizada por Audrey Tatou, personagem fantástico que tem um jeito muito especial de ver a vida, as pessoas e o amor. O filme narra como Amélie foi concebida até ela tornar- se adulta e independente, garçonete e residente num bairro típico parisiense. A vida para ela é um jogo cheio de enigmas e fantasia, Amélie saboreia os pequenos momentos e acontecimentos, ela não perdeu o olhar infantil e curioso sobre as coisas. Ela odeia injustiças, tem o coração puro. Inclusive na hora de se vingar do quitandeiro déspota, Amelie utiliza métodos infantis (e engraçados). A paixão chega de uma forma inesperada e ela reconhece a sua cara- metade mesmo antes de conhecê- lo. Um filme imagético, as palavras sobram. A trilha sonora é uma delícia, a Valsa de Amélie composta por Yann Teiersen amplificou a magia do filme. A mensagem dessa história é essa: nunca devemos permitir que morra o nosso lado infantil, jamais devemos deixar de nos surpreender e emocionar com as coisas do cotidiano, pois aí está a verdadeira felicidade.

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2. A garota de rosa shocking (1986). Quem foi adolescente nos anos 80 vai lembrar desse filme com muito carinho. Produção americana que tem a fórmula clássica meio Romeu e Julieta e meio Gata Borralheira: adolescente de periferia pobre apaixona- se pelo garoto rico e popular da escola. Andie (Mollie Ringwald) estuda em colégio particular, porque ganhou uma bolsa, confecciona as próprias roupas, motivo de chacota entre as colegas de classe. Andie tem muito charme, estilo e personalidade, apesar de ficar irritada com as patricinhas, não se deixa abater. Trabalha numa loja de discos e ajuda o pai que anda deprimido por causa da partida da esposa. O menino rico, Blane (Andrew McCarthy), meio bobão e influenciável também apaixona- se por Andie. Os amigos de ambos são contra o romance. Historinha adolescente que eu não canso de ver. A trilha sonora é muito legal, além do figurino dos anos 80. Os atores coadjuvantes são fantásticos, vale a pena ver.

A Garota de Rosa Shocking

 3. Um lugar chamado Notting Hill (1999). Produção inglesa. Quem não ficou com vontade de conhecer o bairro Notting Hill (Londres), cenário dessa história, depois de assistir a esse filme? Julia Roberts é uma das minhas atrizes preferidas, bela e talentosa. Hugh Grant é mais ou menos, mas ficou charmoso nesse filme. Outra fórmula que não é original, mas que a gente gosta: atriz rica e famosa, Anna Scott, apaixona- se por William Thacker, livreiro pé-rapado prestes à falência. Gostamos que o amor sempre vença, não é? Isso aliado à uma bela trilha sonora, como “She”, de Elvis Costello, “A you’ve got a way”, de Shania Twain, “Ain’t No Sunshine”, de Bill Whiters, e outras… prepare- se! A noite vai ser boa!

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4. Ghost: do outro lado da vida (1990). Foi indicado para cinco categorias no Oscar e levou em duas. Esse filme é a linda história de amor entre Sam (Patrick Swayze, querido e saudoso) e Molly (Demi Moore), que vai além da vida. Adoro pensar que exista isso mesmo, que o amor transcende o corpo e a vida, que continua depois da morte física em outro lugar. A história deles é interrompida por causa do assassinato de Sam. Entra em cena uma vidente muito engraçada, que pensa ser charlatã e ela mesma leva um susto quando começa a ouvir vozes e incorporar espíritos. Fantástica a atuação de Whoopi Goldberg, que lhe rendeu um Oscar. Quem não assistiu ainda, assista; quem já viu, revê- lo sempre vale a pena.

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5. O diário de Bridget Jones (2001, saiu a segunda parte em 2004). Produção britânica. Confesso: amo o gênero chick lit. Filme mulherzinha, aqueles que falam dos nossos sentimentos, do nosso universo, parece que decifram a nossa alma! Baseado no livro de Helen Fielding de mesmo nome. Sinto- me totalmente identificada com a Bridget (Renée Zellweger), sou atrapalhada como ela, buscamos sempre o peso ideal sem muito esforço, mas quando decidimos, somos determinadas e lutamos até conseguir o nosso objetivo. Mas a Bridget, coitada, sofreu muitas decepções amorosas até encontrar o seu grande amor, o advogado lindo e charmoso Mark Darcy (Colin Firth), antes ela teve que passar pelo cafajeste Daniel Clever (Hugh Grant). Enfim, filme leve, que nos faz refletir sobre nós mesmas (ou mesmos) e que diverte bastante, sou fã! Bom de assistir com seu amor, quem sabe ele ou ela te entende melhor.

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6. Casablanca (1943). Um lindo filme clássico que ganhou vários Oscars, inclusive o de melhor filme em 1943. Rick (Bogart) americano muito misterioso, amargurado e triste, é dono de uma cafeteria frequentada por todo tipo de gente, na época da Segunda Guerra Mundial no Marrocos. Chegam na cafeteria, Ilsa (Bergman) e seu marido Victor (Paul Henreid), xiiiii…Ilsa faz parte do passado de Rick. Humphrey Bogart e Ingrid Bergman, que dupla linda! O charme do cinema bem feito, uma bela história de um amor tão forte e impossível, “sempre teremos Paris” e uma das canções mais lindas de todos os tempos, “As time goes by, interpretada por Dooley Wilson, “Toca outra vez, Sam.”

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7. Dirtying Dancing (“Ritmo quente” no Brasil). Outro de 1987, boa safra de filmes dos anos 80! Esse foi feito para vingar as feias. A pouco agraciada e rica conquista o professor de dança bonitão e pobretão. O máximo, adoro! E fala sério: quem não era apaixonada ou apaixonado pelo lindo Patrick Swayze?! A história é jóia, cheia de mal- entendidos: o instrutor de dança do hotel, Johnny, tem uma parceira de dança que fica grávida (todos pensam que é dele, mas não é), então ele precisa encontrar outra parceira e convida uma hóspede do hotel, a Baby (Jennifer Grey), que já está caidinha por ele, mas o pai da moça não gosta nada dessa história, pois o acha um cafajeste, fora que o pai é muito elitista também. Johnny, que parecia que podia tirar algum proveito da moça rica para logo descartá- la, acaba apaixonando- se de verdade. A famosa música “(I’ve Had) The Time Of My Life”, cantada por Bill Medley e Jennifer Warnes ganhou o Oscar de melhor canção em 1988. Os filmes americanos sempre colocam a barreira social e financeira como empecilhos ao amor, mas que precisam ser vencidos. E normalmente o amor vence, aqui venceu, oba!

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8. La Bamba (1987). Esse filme musical marcou a minha adolescência. É baseado em fatos reais, conta a história de Richie Valens, um cantor que morreu aos 17 anos em um acidente aéreo em 1959. Ele era apaixonado por Donna, escreveu uma canção para a moça, uma das mais famosas junto com La Bamba. Música boa, romance, beleza e tristeza, um filme completinho pra gente se emocionar e curtir bastante.

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9. Tudo por amor (1991). Produção americana. Mais um estrelado pela minha queridíssima Julia Roberts. Esse é o tipo de filme que a gente chora litros. É lindo e triste. É a história de um amor que nasce, mas sabe que vai morrer, mesmo assim, ama, é inevitável. Victor (Campbell Scott, atuação magistral) tem leucemia e Hillary (Julia) vai trabalhar na casa dele como enfermeira. Se eu fosse você assistiria esse filme com o seu amor. No final, tenho certeza,  ele vai agradecer muito por ter você ao lado dele. 

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10. O Segredo de Brokeback Mountain (2005), produção americana e canadense. Eu acho esse filme incrível! Brokeback foi indicado em oito categorias para o Oscar, venceu em três,  a direção de Ang Lee, trilha- sonora e melhor roteiro adaptado. Esse filme é a adaptação de um conto de mesmo nome da escritora americana Annie Proulx. A literatura inspirando e dando boas histórias ao cine. A fotografia é belíssima, a forma como surge o amor entre os rapazes é tão natural, inusitada e bela, fantasticamente bem interpretada pelo saudoso Heath Ledger e o lindíssimo Jake Gyllenhaal. Sem dúvida um grande filme, se não assistiu ainda, não perca mais tempo!

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Eu poderia escolher 1000 filmes, são muitos e maravilhosos! Foi difícil decidir, ficaram os que marcaram por algum motivo. E você, quais são os filmes de amor que marcaram a sua história?


Notinha sobre Cinquenta tons de cinza que estreia hoje à noite na Espanha

O livro erótico Cinquenta tons de cinza (de qualidade literária duvidosa) da britânica Erika Leonard James saltou para as telas de cinema, com pré- venda,  propaganda em massa, plano de marketing super bem orquestrado. Quiseram vender muitas entradas antes da estreia para garantir bilheteria, já que parece ser um fiasco de filme. Já saíram as primeiras críticas detonando Cinquenta Tons de cinza, “aborrecido e decepcionante”. O filme foi projetado ontem no Festival de Cinema Alemão e ninguém gostou.  “Não há história, personagens de peso, nem emoção.” (El Periódico). Não diga que eu não avisei, fica por sua conta.


Bom fim de semana, feliz carnaval, nos vemos na próxima sexta- feira! E um feliz Dia dos Namorados! Ame sem moderação! #PalomitaZ